Por AFP
Mais de 400 migrantes chegaram à ilha italiana de Lampedusa neste domingo (9), informou a imprensa italiana, enquanto as autoridades sicilianas mais uma vez impediram um navio de resgate de sair do porto.
Um barco de 20 metros transportando 325 pessoas foi interceptado a cerca de 13 quilômetros da costa de Lampedusa, e outro foi encontrado um pouco mais próximo, com 90 pessoas a bordo, informaram agências de notícias.
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Por outro lado, as autoridades judiciárias da Sicília voltaram a estabelecer a ordem de imobilização do "Sea-Watch 4", navio gerenciado pela organização alemã Sea-Watch, que já esteve retido em Palermo por seis meses até março, segundo a imprensa.
O pedido veio após uma inspeção de segurança que determinou que o sistema de esgoto do navio é insuficiente para o número potencial de pessoas resgatadas.
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Mas ativistas dizem que a inspeção foi uma cortina de fumaça para bloquear a saída do navio de resgate.
"Esperamos que as autoridades não nos impeçam de partir para o Mediterrâneo central com as acusações absurdas das quais já estamos acostumados", declarou a Sea-Watch Itália no Twitter na sexta-feira.
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A Itália é um dos principais pontos de entrada para os migrantes que se dirigem para a Europa, mas a zona marítima entre a Sicília e o Norte da África é uma das rotas de migração mais mortais do mundo.
Quase 530.000 migrantes chegaram à costa italiana desde o início de 2015, e desse total cerca de 6.000 neste ano, de acordo com a Organização Internacional para as Migrações (OIM).