Diretor-geral da OMS, Tedros Adhanom GhebreyesusReprodução/Instagram
Por AFP
Publicado 17/05/2021 16:43 | Atualizado 17/05/2021 16:44
A região do Tigré vive uma situação "horrível", com multidões de pessoas morrendo de fome e casos diários de estupro, denunciou nesta segunda-feira (17) o chefe da OMS, natural daquela região do norte da Etiópia, vítima da violência.
“Neste momento, a situação no Tigre Etíope é, se é que posso dizer em poucas palavras, horrível. Completamente horrível”, declarou o diretor-geral da Organização Mundial da Saúde (OMS), Tedros Adhanom Ghebreyesus, durante entrevista coletiva da organização, com sede em Genebra.
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Tigré é palco de combates desde novembro de 2020, quando o primeiro-ministro etíope, Abiy Ahmed, decidiu enviar o exército para tirar do poder a Frente de Libertação do Povo Tigré (TPLF), partido que liderava a região e que desafiava há meses a autoridade do governo federal.
Os exércitos da Etiópia e da Eritreia estiveram principalmente envolvidos no conflito e a população civil foi vítima de inúmeros abusos.
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"Entre 4,5 e quase 5 milhões de pessoas precisam de ajuda humanitária. Muitas pessoas começaram a morrer de fome e a desnutrição grave e aguda está cada vez mais disseminada. [...] Centenas de milhares de pessoas foram deslocadas ou despejadas de seus lares. E mais de 60.000 fugiram para o Sudão", enfatizou Tedros.
“As violações são generalizadas”, denunciou, ressaltando ainda que as instalações sanitárias foram “destruídas, saqueadas” e que “a maior parte delas não funciona”.
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