Publicado 27/08/2021 10:40
Arqueólogos descobriram os restos mortais de um esqueleto de 7.200 anos de uma caçadora-coletora na Indonésia, que tem uma "linhagem humana distinta", nunca antes encontrada em nenhum lugar do mundo - revela uma pesquisa publicada esta semana.
O fóssil relativamente intacto, que pertencia a uma adolescente de 17 ou 18 anos, foi enterrado em posição fetal dentro de Leang Panninge, uma caverna de calcário no sul de Sulawesi. Foi encontrado entre os artefatos do povo toalean, uma das primeiras culturas de caçadores-coletores da região. Estes restos mortais são o primeiro esqueleto conhecido de um habitante toalean.
Publicado na quarta-feira, 25, na revista Nature, o estudo foi uma colaboração entre pesquisadores indonésios e internacionais. A escavação começou em 2015.
O fóssil relativamente intacto, que pertencia a uma adolescente de 17 ou 18 anos, foi enterrado em posição fetal dentro de Leang Panninge, uma caverna de calcário no sul de Sulawesi. Foi encontrado entre os artefatos do povo toalean, uma das primeiras culturas de caçadores-coletores da região. Estes restos mortais são o primeiro esqueleto conhecido de um habitante toalean.
Publicado na quarta-feira, 25, na revista Nature, o estudo foi uma colaboração entre pesquisadores indonésios e internacionais. A escavação começou em 2015.
"Esta é a primeira vez que alguém informa a descoberta de DNA humano antigo na vasta região insular entre a Ásia continental e a Austrália", disse Adam Brumm, arqueólogo do Centro de Pesquisa Australiano para Evolução Humana da Universidade Griffith, em Brisbane, um dos coordenadores da pesquisa.
Brumm se refere a uma área que se estende de Kalimantan e Lombok até o extremo-ocidental de Papúa, conhecida pelos cientistas como Wallacea. De acordo com os pesquisadores, esta escavação foi particularmente desafiadora, porque o DNA pode se degradar facilmente no clima tropical.
"É muito raro encontrar DNA humano antigo nos trópicos úmidos, por isso, é uma descoberta tão feliz", afirmou Brumm.
A análise do DNA revelou que a jovem fazia parte de um grupo populacional relacionado com os papúas e indígenas australianos dos dias atuais. O genoma também está vinculado a uma linhagem humana divergente até então desconhecida e que ainda não havia sido encontrada em nenhum outro lugar do mundo.
Com isso, a pesquisa desafia teorias anteriores sobre os tempos de chegada de diferentes grupos de humanos à região. "Isso mostra o pouco que sabemos dos primórdios da história humana nas Ilhas Wallacea da Indonésia", observou Brumm.
Brumm se refere a uma área que se estende de Kalimantan e Lombok até o extremo-ocidental de Papúa, conhecida pelos cientistas como Wallacea. De acordo com os pesquisadores, esta escavação foi particularmente desafiadora, porque o DNA pode se degradar facilmente no clima tropical.
"É muito raro encontrar DNA humano antigo nos trópicos úmidos, por isso, é uma descoberta tão feliz", afirmou Brumm.
A análise do DNA revelou que a jovem fazia parte de um grupo populacional relacionado com os papúas e indígenas australianos dos dias atuais. O genoma também está vinculado a uma linhagem humana divergente até então desconhecida e que ainda não havia sido encontrada em nenhum outro lugar do mundo.
Com isso, a pesquisa desafia teorias anteriores sobre os tempos de chegada de diferentes grupos de humanos à região. "Isso mostra o pouco que sabemos dos primórdios da história humana nas Ilhas Wallacea da Indonésia", observou Brumm.
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