Publicado 27/08/2021 12:46
Tuxtla Gutiérrez - Cerca de 300 manifestantes bloquearam a passagem e mantiveram detido por mais de duas horas o veículo que levava o presidente do México, Andrés Manuel López Obrador, no estado de Chiapas, impedindo-o de fornecer sua habitual coletiva de imprensa matinal.
"Nos impediram de entrar sob a condição de que tínhamos que atendê-los de imediato e resolver suas demandas. Não posso permitir isso porque o presidente não pode ser refém de ninguém", disse López Obrador em uma mensagem de vídeo gravada dentro seu veículo enquanto estava retido.
O grupo de manifestantes, integrado majoritariamente por membros da Coordenadoria Nacional de Trabalhadores da Educação (CNTE), além de profissionais do setor de saúde, entre outros coletivos, se concentrou das 5h00 locais (07h00 no horário de Brasília) na entrada de um quartel militar onde López Obrador planejava realizar uma reunião de gabinete e a coletiva.
Quando o comboio presidencial chegou, pouco antes das 6 da manhã, o contingente de professores bloqueou sua passagem. A caminhonete branca que levava López Obrador foi cercada pelos manifestantes, que a arranharam escrevendo a sigla "CNTE".
Imagens divulgadas pela televisão local mostram que López Obrador abaixa a janela do veículo e diz a um dos manifestantes: "Eu não aceito chantagens (...), me respeitem e depois conversamos".
A equipe de assistência, que acompanha e oferece segurança ao presidente, desceu do veículo e explicou aos manifestantes que deveriam se organizar para solicitar o diálogo com a secretária da Educação.
Frustrados, os professores continuaram gritando e criticando o governo, alertando que o veículo não passaria até que López Obrador descesse e atendesse suas exigências.
"Eu poderia entrar, realizar a coletiva, mas decidi não fazer isso. É como um protesto da minha parte para que esses grupos não se excedam, não abusem. (...) Se não nos deixam passar, então vou ficar aqui o tempo que for preciso", acrescentou o presidente no vídeo.
Após mais de duas horas de espera, o grupo foi se dispersando e permitiu finalmente a passagem do comboio. Enquanto durou o protesto, a polícia local fechou a passagem de veículos em avenidas próximas ao quartel militar.
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