Publicado 30/08/2021 14:15
Roma - A União Europeia (UE) se propõe a reforçar o apoio financeiro aos países vizinhos do Afeganistão para evitar a migração em situação ilegal descontrolada e em grande escala, após a tomada do poder por parte dos talibãs - conforme rascunho de uma declaração do bloco.
Os ministros do Interior da UE se reunirão em Bruxelas na terça-feira, 31, para conversas de emergência, buscando alternativas para evitar uma repetição da crise migratória de 2015.
"A UE e os seus Estados-Membros estão determinados a agir em conjunto para prevenir a recorrência de movimentos migratórios ilegais descontrolados e em grande escala que enfrentaram no passado, preparando uma resposta coordenada e ordenada", afirma um projeto de declaração dessa reunião, ao qual a AFP teve acesso nesta segunda-feira, 30.
Para o efeito, a UE "irá envolver e reforçar o seu apoio a países terceiros, em particular os países vizinhos e de trânsito, que acolhem um grande número de migrantes e refugiados, para reforçar as suas capacidades de proteção", diz o projeto do comunicado.
No documento, os países da UE salientam que farão esforços para "garantir que a situação no Afeganistão não crie novas ameaças à segurança dos cidadãos" da Europa.
O chefe da diplomacia europeia, Josep Borrell, pronunciou-se nesta segunda-feira a favor da concessão de ajuda financeira aos países fronteiriços com o Afeganistão, uma vez que terão de acolher um elevado número de refugiados em fuga dos talibãs.
"No que diz respeito aos temas relacionados ao Afeganistão, teremos de fortalecer a cooperação com os países vizinhos. Devemos ajudá-los a lidar com a primeira onda de refugiados", diz Borrell em uma entrevista ao jornal italiano Il Corriere della Sera.
Ajuda aos vizinhos do Afeganistão
Os ministros do Interior da UE se reunirão em Bruxelas na terça-feira, 31, para conversas de emergência, buscando alternativas para evitar uma repetição da crise migratória de 2015.
"A UE e os seus Estados-Membros estão determinados a agir em conjunto para prevenir a recorrência de movimentos migratórios ilegais descontrolados e em grande escala que enfrentaram no passado, preparando uma resposta coordenada e ordenada", afirma um projeto de declaração dessa reunião, ao qual a AFP teve acesso nesta segunda-feira, 30.
Para o efeito, a UE "irá envolver e reforçar o seu apoio a países terceiros, em particular os países vizinhos e de trânsito, que acolhem um grande número de migrantes e refugiados, para reforçar as suas capacidades de proteção", diz o projeto do comunicado.
No documento, os países da UE salientam que farão esforços para "garantir que a situação no Afeganistão não crie novas ameaças à segurança dos cidadãos" da Europa.
O chefe da diplomacia europeia, Josep Borrell, pronunciou-se nesta segunda-feira a favor da concessão de ajuda financeira aos países fronteiriços com o Afeganistão, uma vez que terão de acolher um elevado número de refugiados em fuga dos talibãs.
"No que diz respeito aos temas relacionados ao Afeganistão, teremos de fortalecer a cooperação com os países vizinhos. Devemos ajudá-los a lidar com a primeira onda de refugiados", diz Borrell em uma entrevista ao jornal italiano Il Corriere della Sera.
Ajuda aos vizinhos do Afeganistão
O Afeganistão é rodeado por cinco países, sendo três deles ex-repúblicas soviéticas: Tadjiquistão, Uzbequistão, Turcomenistão, além de Irã e Paquistão.
"Os afegãos que fogem não chegam imediatamente a Roma, mas, mais provavelmente, a Tashkent (capital do Uzbequistão). Temos que ajudar os países que estão na linha de frente", insistiu Borrell.
Ao ser questionado sobre o tema, o político espanhol deixou claro que os países na fronteira com o Afeganistão vão receber ajuda financeira.
"A capacidade da Europa de acolher (refugiados) é limitada e, sem uma cooperação sólida, não se pode fazer nada. Os países vizinhos ficam envolvidos (nessa questão) antes da Europa. Portanto, a resposta é 'sim'. Significa que temos que oferecer apoio financeiro a esses países, como fizemos com a Turquia", em 2016, para lidar com a chegada de refugiados sírios, respondeu Borrell.
Segundo ele, os acontecimentos no Afeganistão mostraram que a Europa deve fortalecer sua "autonomia estratégica" militar e reduzir sua dependência dos Estados Unidos nessa área.
"Propomos a criação de uma força de entrada inicial europeia, capaz de intervir rapidamente em situações de crise", afirmou.
"A União Europeia deve ter a capacidade de proteger seus interesses, quando os americanos não quiserem se envolver", acrescentou.
"Os afegãos que fogem não chegam imediatamente a Roma, mas, mais provavelmente, a Tashkent (capital do Uzbequistão). Temos que ajudar os países que estão na linha de frente", insistiu Borrell.
Ao ser questionado sobre o tema, o político espanhol deixou claro que os países na fronteira com o Afeganistão vão receber ajuda financeira.
"A capacidade da Europa de acolher (refugiados) é limitada e, sem uma cooperação sólida, não se pode fazer nada. Os países vizinhos ficam envolvidos (nessa questão) antes da Europa. Portanto, a resposta é 'sim'. Significa que temos que oferecer apoio financeiro a esses países, como fizemos com a Turquia", em 2016, para lidar com a chegada de refugiados sírios, respondeu Borrell.
Segundo ele, os acontecimentos no Afeganistão mostraram que a Europa deve fortalecer sua "autonomia estratégica" militar e reduzir sua dependência dos Estados Unidos nessa área.
"Propomos a criação de uma força de entrada inicial europeia, capaz de intervir rapidamente em situações de crise", afirmou.
"A União Europeia deve ter a capacidade de proteger seus interesses, quando os americanos não quiserem se envolver", acrescentou.
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