Publicado 17/09/2021 16:36
Um novo estudo publicado nesta sexta-feira, 17, pelos Centros para o Controle e a Prevenção de Doenças (CDC) dos Estados Unidos é o mais recente a sugerir que a vacina da Moderna contra a covid-19 confere uma proteção maior a longo prazo contra a hospitalização do que a da Pfizer.
Os pesquisadores dos CDC realizaram uma análise de quase 3.689 adultos que foram hospitalizados com covid-19 grave entre 11 de março e 15 de agosto de 2021, período que antecede e inclui o auge da variante delta.
No geral, 12,9% deles foram completamente vacinados com as doses da Moderna, 20,0% com a Pfizer-BioNTech e 3,1% com a Johnson & Johnson.
Ao longo de todo o período, a vacina da Moderna teve uma eficácia de 93% contra a hospitalização, a da Pfizer de 88% e a da J&J de 68%.
A perda de eficácia contra a hospitalização no caso da Pfizer foi especialmente pronunciada: caiu de 91% entre 14 e 120 dias depois da vacinação para 77% mais de 120 dias depois da vacinação. Por outro lado, a Moderna caiu de 93% para 92% ao comparar os mesmos dois períodos.
O estudo também incluiu uma análise separada dos níveis de diferentes tipos de anticorpos gerados pelas vacinas, coletados de 100 voluntários. A vacina da Moderna produziu níveis mais altos de anticorpos em comparação com a da Pfizer e a da J&J para uma parte importante da proteína de "espícula" do coronavírus, que é usada para invadir as células.
As pesquisas que sugerem a superioridade da vacina da Moderna sobre a da Pfizer aumentam cada vez mais, incluindo um estudo anterior dos CDC publicado na semana passada. Os motivos ainda não estão totalmente determinados, mas podem estar relacionados aos níveis mais altos das doses: 100 microgramas contra 30.
Também podem estar relacionados ao intervalo entre as doses, já que as injeções da Pfizer são aplicadas com um intervalo de três semanas nos Estados Unidos, enquanto as da Moderna são administradas em um intervalo de quatro semanas.
A Agência de Alimentos e Medicamentos (FDA) realiza nesta sexta-feira uma reunião de especialistas independentes renomados para discutir uma eventual terceira dose da Pfizer para a população em geral e não só para as pessoas imunossuprimidas.
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