Publicado 21/09/2021 18:27 | Atualizado 21/09/2021 18:30
Nova York - No intervalo entre os discursos dos presidentes Jair Bolsonaro (sem partido) e Joe Biden, na Assembleia Geral da ONU, funcionários fizeram a limpeza do púlpito e realizaram a troca da cabeça dos microfones utilizados pelos chefes de Estado, informou o Wall Street Journal.
"Os chefes de Estado e seus assessores devem ser vacinados para entrar na sala de reuniões. Mas os funcionários da ONU não fiscalizam o cumprimento da regra, e confiam nos convidados. O presidente brasileiro Jair Bolsonaro, que testou positivo para covid-19 em 2020 e disse que não está vacinado, falou antes de Biden. A Casa Branca disse que o púlpito foi limpo e a cabeça do microfone substituída entre os discursos", escreveu o jornal.
O Wall Street Journal, no entanto, não deixa claro se o procedimento foi adotado com todos os presidentes e líderes que discursaram presencialmente no evento ou se foi um caso isolado.
O processo, porém, não foi feito entre os discursos do presidente da 76ª sessão da Assembleia-Geral, Abdulla Shahid, ministro das Relações Exteriores das Maldivas, e o secretário-geral da ONU, Antonio Guterres, que também foram de forma presencial.
Em 2020, a Assembleia Geral da ONU foi quase toda virtual e, neste ano, a participação também foi limitada, sendo que muitos chefes de Estado e funcionários de alto escalão enviaram vídeos para serem exibidos no evento.
Bolsonaro, que ainda não se vacinou contra a Covid-19, recebeu críticas de repercussão internacional por seu discurso na manhã desta terça-feira (21). Na ocasião, o mandatário defendeu o chamado tratamento precoce, com o uso de medicamentos de ineficácia comprovada contra a Covid-19, e se colocou contra a adoção do passaporte sanitário no país.
Entidades e especialistas também contestaram as falas do presidente sobre a Amazônia e a política ambiental adotada em seu governo.
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