Publicado 27/09/2021 15:58
O secretário-geral da Otan, Jens Stoltenberg, expressou nesta segunda-feira (27) a preocupação da Aliança sobre "a expansão do arsenal nuclear da China" e pediu que o país aceite um diálogo sobre o controle de armamentos.
A China não é considerada uma adversária pela Otan, mas deve "respeitar seus compromissos internacionais e agir de forma responsável no sistema internacional", insistiu em uma entrevista por videoconferência com o chefe da diplomacia chinesa, Wang Yi.
Jens Stoltenberg "expressou as preocupações da Otan sobre as políticas coercitivas da China, a expansão de seu arsenal nuclear e a falta de transparência em sua modernização militar", disse a Aliança em um comunicado.
"O secretário-geral destacou que a transparência e o diálogo recíprocos sobre o controle de armas seriam benéficos tanto para a Otan quanto para a China", acrescentou o comunicado.
A situação no Afeganistão também foi mencionada. Jens Stoltenberg insistiu na necessidade de diálogo para "que o país não sirva de novo como plataforma para os terroristas".
Pediu coordinação internacional, inclusive com países da região, "para que os talibãs prestem conta de seus compromissos no combate ao terrorismo e respeito aos direitos humanos, especialmente os das mulheres".
A China se tornou um motivo de preocupação para os aliados.
"As ambições declaradas da China e seu comportamento determinado representam desafios sistemáticos para a ordem internacional baseada em regras e em campos que abrangem a importância para a segurança da Aliança", afirmou na declaração adotada em sua última cúpula em junho de 2021.
No entanto, a "China não é nosso adversário nem nosso inimigo", destacou Jens Stoltenberg.
Leia mais
Comentários
Os comentários não representam a opinião do jornal e são de responsabilidade do autor.