Publicado 06/10/2021 19:32
A Organização Pan-Americana da Saúde (Opas) disse nesta quarta-feira, 6, que está oferecendo assistência a Cuba nos trâmites para obter a aprovação da Organização Mundial da Saúde (OMS) para suas vacinas anticovid-19. "Estamos apoiando Cuba para que participe no processo de pré-qualificação da OMS", afirmou, em coletiva de imprensa, o médico sanitarista brasileiro Jarbas Barbosa, vice-diretor-geral da Opas.
"Já tivemos uma reunião com a equipe da OMS e os produtores da vacina. E vamos ter outras reuniões, porque o nosso interesse é que todas as vacinas [contra covid-19] possam participar no processo da OMSpara receber a autorização de uso emergencial", disse.
Barbosa explicou que apenas os imunizantes com aval da OMS podem ser adquiridos pelo fundo rotativo da Opas, que oferece vacinas consideradas eficazes e seguras a preços acessíveis a todos os países-membros. "Convidamos todos os produtores de vacinas do mundo a participarem do processo, pois assim teremos mais vacinas disponíveis", frisou.
Cuba anunciou em setembro o início de intercâmbios com especialistas da OMS para o reconhecimento das vacinas anticovid produzidas pela farmacêutica estatal BioCubaFarma.
As vacinas Soberana 01, Soberana 02, Soberana Plus e Abdala da BioCubaFarma apareciam como interessadas para serem avaliadas pela OMSem 29 de setembro, data da última atualização da Opas sobre o trâmite de pré-qualificação de imunizantes na OMS.
Segundo esse documento, as quatro vacinas se baseiam em uma proteína do vírus Sars-CoV-2, combinada quimicamente com meningococo B, toxoide tetânico ou alumínio.
Até o momento, a OMS autorizou as vacinas Pfizer/BioNTech, AstraZeneca/Oxford, Johnson & Johnson, Moderna, Sinopharm e Sinovac.Outros imunizantes continuam sob análise da OMS, entre eles o russo Sputnik V, o francês Sanofi e o americano Novavax.
Por sua vez, as vacinas anticovid cubanas já receberam o sinal verde das agências reguladoras nacionais de Venezuela, Vietnã, Irã e Nicarágua. Ao ser questionado sobe essas aprovações, Barbosa ressaltou que são decisões soberanas dos países e não quis fazer comentários sobre a eficácia das vacinas que não concluíram o processo de pré-qualificação da OMS.
"Não é que possam ser ruins ou boas, mas nós simplesmente não podemos falar sobre o que nossos colegas em Genebra ainda não revisaram de maneira cuidadosa", finalizou.
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