Nasa testa plano contra asteroides Divulgação/Nasa
Publicado 08/10/2021 13:20 | Atualizado 08/10/2021 13:23
EUA - A Administração Nacional da Aeronáutica e Espaço (NASA, em inglês) testará, pela primeira vez, um método de 'defesa planetária' para proteger a Terra do impacto de asteroides. Isso porque a agência espacial norte-americana planeja lançar, em novembro, uma espaçonave que irá atingir de maneira proposital o detrito com a intenção de desviá-lo de sua rota de colisão com o nosso planeta. As informações são do portal G1.
Após anunciar no início da semana seu plano, chamado de DART (Teste de Redirecionamento de Asteroide Duplo na tradução livre), o órgão revelou que lançará no próximo dia 24 de novembro, às 2h20 no horário de Brasília, um foguete da SpaceX Falcon 9. O lançamento acontecerá diretamente da Base da Força Espacial de Vandenberg, em Santa Bárbara, na Califórnia.
Thomas Statler, cientista da Nasa, diz que a intenção é "garantir que uma rocha vinda do espaço não nos mande de volta à Idade da Pedra".
A agência explica que os asteroides - que atualmente orbitam o Sol e ocasionalmente se aproximarão da Terra e são os alvos da missão - não possuem qualquer ameaça à Terra, mas a ação servirá de teste para que a técnica de 'proteção terrestre'.
Didymos, o maior dos asteroides, possui 780 metros de diâmetro. Ao seu redor, orbita um outro satélite natural menor, nomeado de Dimorphos - este com 160 metros de diâmetro e o "mais típico do tamanho dos asteroides que podem representar a ameaça significativa mais provável para a Terra".
"A colisão mudará a velocidade da minilua em sua órbita ao redor do corpo principal em uma fração de um por cento, mas isso mudará o período orbital da minilua em vários minutos — o suficiente para ser observado e medido usando telescópios na Terra", informa a NASA em seu site.
Segundo os cientistas norte-americanos, a intenção da missão é desviar a órbita do asteroide "por uma fração de um por cento". A velocidade de impacto, segundo a agência, será de 24 mil km/h.
Statler explica que esta será "a primeira vez que a humanidade realmente mudou algo no espaço".
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