Publicado 30/10/2021 14:29
Xi Jinping e Vladimir Putin defenderam, neste sábado (30), na cúpula do G20, o reconhecimento mútuo das diferentes vacinas disponíveis contra o coronavírus, principalmente entre os países membros do grupo das 20 principais economias, incluindo China e Rússia.
Os presidentes chinês e russo são os dois grandes ausentes da cúpula de chefes de Estado e de Governo do G20, realizada neste final de semana em Roma. Seus discursos foram transmitidos por videoconferência.
"Apesar das decisões do G20, nem todos os países que precisam têm acesso às vacinas" anticovid-19, disse Vladimir Putin, cuja declaração foi transmitida pela televisão pública russa.
"Isso se deve, entre outras coisas, à concorrência desleal, ao protecionismo" e ao fato de que "alguns Estados, principalmente os do G20, não estão dispostos a reconhecer mutuamente vacinas e certificados de vacinação", lamentou.
Em sua opinião, a Rússia "foi o primeiro país do mundo a registrar uma vacina contra a covid-19, a Sputnik V", que já foi aprovada em 70 países, e "demonstrou alto nível de segurança e eficácia".
De Pequim, o presidente Xi Jinping também pediu "reconhecimento mútuo das vacinas", de acordo com suas declarações transmitidas pela televisão estatal CCTV.
As vacinas chinesas Sinopharm e Sinovac são utilizadas em dezenas de países e territórios, incluindo vários países da América Latina, África e Ásia.
A Organização Mundial da Saúde (OMS) aprovou a Sinopharm com urgência no início de junho, mas nem os Estados Unidos nem a Agência Europeia de Medicamentos aprovaram as vacinas chinesas ou russas.
Por sua vez, a Rússia e a China não reconhecem vacinas estrangeiras.
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