Publicado 25/11/2021 08:42
Mais de 100 mil pessoas morreram de covid-19 na Alemanha desde o início da pandemia e um novo recorde diário de infecções: o país enfrenta a onda mais violenta da doença, o principal desafio para o novo governo que assumirá o poder.
Nas últimas 24 horas, o país registrou 351 mortes, o que elevou o desde o início da pandemia de coronavírus a 100.119 vítimas fatais, anunciou o Instituto Robert Koch do governo federal.
O instituto também registrou 75.961 novas infecções, um novo recorde diário para a maior economia da zona do euro. A média móvel (últimos sete dias) também atingiu um pico máximo de 419,7 infecções por 100 mil habitantes.
A pandemia é o principal desafio para a nova coalizão governamental, que deve assumir o poder em dezembro, após o acordo anunciado entre social-democratas, verdes e liberais.
"A situação é terrível", admitiu na quarta-feira Olaf Scholz, líder social-democrata que será futuro chanceler da Alemanha e sucessor da conservadora Angela Merkel.
O foco da doença se propaga por toda Europa, atualmente a região do mundo mais afetada pela pandemia, com mais de 2,5 milhões de casos e quase 30 mil falecidos em uma semana. E a situação é mais grave em países com taxas de vacinação abaixo do esperado, como acontece na Alemanha e na vizinha Áustria, onde o governo retomou o confinamento da população.
"Sobrecarga aguda" nos hospitais
Nas últimas 24 horas, o país registrou 351 mortes, o que elevou o desde o início da pandemia de coronavírus a 100.119 vítimas fatais, anunciou o Instituto Robert Koch do governo federal.
O instituto também registrou 75.961 novas infecções, um novo recorde diário para a maior economia da zona do euro. A média móvel (últimos sete dias) também atingiu um pico máximo de 419,7 infecções por 100 mil habitantes.
A pandemia é o principal desafio para a nova coalizão governamental, que deve assumir o poder em dezembro, após o acordo anunciado entre social-democratas, verdes e liberais.
"A situação é terrível", admitiu na quarta-feira Olaf Scholz, líder social-democrata que será futuro chanceler da Alemanha e sucessor da conservadora Angela Merkel.
O foco da doença se propaga por toda Europa, atualmente a região do mundo mais afetada pela pandemia, com mais de 2,5 milhões de casos e quase 30 mil falecidos em uma semana. E a situação é mais grave em países com taxas de vacinação abaixo do esperado, como acontece na Alemanha e na vizinha Áustria, onde o governo retomou o confinamento da população.
"Sobrecarga aguda" nos hospitais
No caso alemão, a taxa de vacinação da população completamente vacinada é de quase 69%, abaixo de outros grandes países europeus como Espanha, França ou Itália.
Hospitais em certas regiões já estão enfrentando "sobrecarga aguda" que exige a transferência de pacientes, alertou Gernot Marx, presidente da federação alemã de médicos de cuidados intensivos.
No momento, a futura coalizão de governo descarta a ideia de um confinamento nacional e aposta no uso generalizado de um certificado de vacinação nos transportes e restrições de acesso para os não vacinados a certos lugares.
Scholz afirmou que a Alemanha precisa "estudar" uma eventual "extensão" da obrigatoriedade da vacinação, atualmente em vigor e no exército e nos estabelecimentos de saúde. Também se comprometeu a liberar um bilhão de euros para os profissionais da saúde.
O governo de Angela Merkel, em coalizão com os social-democratas, prorrogou até abril de 2022 as ajudas para as empresas afetadas por fechamentos e queda de receita pela pandemia.
O departamento europeu da Organização Mundial da Saúde advertiu que a covid-19 pode provocar 700 mil mortes adicionais no continente até a primavera (hemisfério norte, outono no Brasil).
A instituição atribui a onda europeia à combinação da prevalência da variante delta, de uma cobertura insuficiente das vacinas e de uma flexibilização das restrições. Na União Europeia, 67,7% da população recebeu duas doses da vacina contra a covid, mas as diferenças são notória: apenas 24,2% dos búlgaros estão imunizados, contra 86,7% dos portugueses.
Vários países endureceram as restrições, mas as medidas provocaram protestos, alguns violentos, em países como Áustria, Bélgica ou Holanda.
Hospitais em certas regiões já estão enfrentando "sobrecarga aguda" que exige a transferência de pacientes, alertou Gernot Marx, presidente da federação alemã de médicos de cuidados intensivos.
No momento, a futura coalizão de governo descarta a ideia de um confinamento nacional e aposta no uso generalizado de um certificado de vacinação nos transportes e restrições de acesso para os não vacinados a certos lugares.
Scholz afirmou que a Alemanha precisa "estudar" uma eventual "extensão" da obrigatoriedade da vacinação, atualmente em vigor e no exército e nos estabelecimentos de saúde. Também se comprometeu a liberar um bilhão de euros para os profissionais da saúde.
O governo de Angela Merkel, em coalizão com os social-democratas, prorrogou até abril de 2022 as ajudas para as empresas afetadas por fechamentos e queda de receita pela pandemia.
O departamento europeu da Organização Mundial da Saúde advertiu que a covid-19 pode provocar 700 mil mortes adicionais no continente até a primavera (hemisfério norte, outono no Brasil).
A instituição atribui a onda europeia à combinação da prevalência da variante delta, de uma cobertura insuficiente das vacinas e de uma flexibilização das restrições. Na União Europeia, 67,7% da população recebeu duas doses da vacina contra a covid, mas as diferenças são notória: apenas 24,2% dos búlgaros estão imunizados, contra 86,7% dos portugueses.
Vários países endureceram as restrições, mas as medidas provocaram protestos, alguns violentos, em países como Áustria, Bélgica ou Holanda.
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