Reforço da vacina contra covid-19 para maiores de 18 anos também foi uma das medidas aplicadas pelo governo francês(Imagem: Reprodução)
Publicado 25/11/2021 15:43
A França está apertando o certo contra a nova onda de covid-19 que chega à Europa puxada pelos não vacinados. Nesta quinta-feira, 25, o ministro da Saúde Olivier Véran anunciou que o país aplicará doses de reforço da vacina para todos os adultos, tornará novamente obrigatório o uso de máscaras e aumentará as restrições para quem ainda não se imunizou.
"Não estou anunciando um bloqueio, nem toque de recolher, nem fechamento de empresas, nem limitações de movimento", disse, ao comentar o que chama de "5ª onda".
"Optamos por combinar liberdade com responsabilidade. Acreditamos que podemos ultrapassar esta onda sem ter que recorrer a medidas mais restritivas, se utilizarmos de forma mais eficaz as cartas que temos em mãos".
Outros países do continente já reviram suas políticas de contenção da doença com a crescente nos números registradas nas últimas semanas. Na Áustria, há um novo lockdown em vigor, e na Holanda, as restrições causaram uma onda de protestos violentos que já resultaram na prisão de mais de 200 pessoas.
Assim como em parte do Brasil e da Itália, a 3ª dose na França será aplicada assim que completados os cinco meses da segunda dose. Caso o cidadão não procure por um posto de vacinação para a 3ª dose, seu certificado de imunização perderá a validade em sete meses.
Outra medida é a redução da validade dos resultados negativos do teste PcR de 72 para 24 horas. "Quem não se vacinou e quer ter acesso ao passe de saúde deve fazer o teste todos os dias, à sua própria custa", alertou Véran.
As máscaras voltam a ser obrigatórias em espaços públicos internos, mesmo com a apresentação do certificado digital, além de locais ao ar livre com grande circulação de pessoas. Para evitar que escolas sejam fechadas, o governo determinou que alunos sejam frequentemente testados para frequentarem as aulas. O exame é gratuito para menores de 18 anos.
Nesta quinta, a Comissão Europeia recomendou que todos os países-membros devem vacinar a população com a dose de reforço seis meses após a 2ª dose.
Na mesma direção, a Itália aumentou a lista de profissões nas quais a vacinação é obrigatória, e anunciou que a partir de 6 de dezembro, italianos precisarão de um novo "passe" para frequentar atividades culturais e locais públicos, a ser emitido apenas para quem completou a vacinação com duas doses ou se recuperou de covid-19.
Atualmente, um teste negativo de covid-19 torna o cidadão apto a tais atividades. Essa opção deixará de valer. O transporte público, assim como na Alemanha, também deve passar a exigir a comprovação de vacinação.
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