Publicado 17/12/2021 15:56
O ex-CEO da rede de fast food McDonald's, Steve Easterbrook, decidiu pagar US$ 105 milhões (cerca de R$ 598,2 milhões) em dinheiro para colocar fim ao processo aberto pela empresa contra ele em agosto de 2020. Tudo isso aconteceu, porque em 2019, ele havia sido demitido após violar as políticas da empresa ao ter relações amorosas e fazer sexo com funcionárias da empresa. O britânico, de 54 anos, pediu desculpas pelo comportamento que provocou a sua demissão.
De acordo com a Bloomberg, o McDonald's explicou que o valor que será devolvido pelo ex-CEO, que ficou no cargo entre 2015 e 2019, equivaleria à perda que ele teria se fosse demitido por justa causa por conta da quebra de protocolos da empresa.
O presidente da rede de fast food, Rick Hernandez, além de outros membros do conselho já haviam sido criticados por acionistas por conta de terem feito um acordo e pago os direitos trabalhistas do ex-CEO durante sua saída da empresa e depois, em 2020, denunciá-lo a justiça pelos comportamentos.
As críticas apontavam que a abertura de processo judicial pelo McDonald's ocorreu na tentativa de recuperar o dinheiro pago a Easterbrook, valor em torno de US$ 42 milhões à época da demissão.
No ano passado, o McDonald's acusou o ex-CEO de ter mentido sobre o caso e destruído provas do seu envolvimento com funcionárias. Porém, outras evidências foram encontradas durante as apurações, como fotos e vídeos explícitos de uma funcionária, que o ex-CEO do McDonald's enviou da sua conta de email empresarial para a pessoal.
A empresa negou as acusações dos acionistas e alegou que não teria assinado um acordo para a saída de Easterbrook se soubesse destas acusações.
Em comunicado enviado pelo McDonald's, Easterbrook afirmou que "durante minha gestão como CEO, falhei às vezes em defender os valores do McDonald's e cumprir algumas de minhas responsabilidades como líder da empresa". E completou pedindo desculpas aos seus ex-colegas de trabalho, ao conselho e aos franqueados e fornecedores da empresa.
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