Detectar essa alteração pode ser uma forma de diagnóstico precoce de muitas doenças, não só da Covid-19, mas isso tudo ainda é muito sutil e precoce.
Atualmente, pelo menos sete centros de pesquisa anunciaram quase que simultaneamente o início de estudos que têm como objetivos treinar cães para detectar, pelo olfato, pacientes com o novo coronavírus.
Eles serão desenvolvidos no Canadá, na Alemanha, na Noruega, nos Emirados Árabes, na França, na Inglaterra e nos Estados Unidos.
Na França, que promete resultados ainda para este mês, o estudo corre sob a coordenação da Escola de Veterinária de Alfort, em parceria com bombeiros das proximidades de Paris, e envolve oito cães habituados a farejar vítimas em desabamentos.
No Reino Unido a pesquisa é comandada pela Escola de Higiene e Medicina Tropical de Londres e pela Universidade de Durham, com participação da ONG Medical Detection Dogs.
O instituto é o mesmo grupo que publicou um estudo no qual dois cães —o vira-lata Lexy e a labrador Sally— identificaram com 82% de precisão se as meias que farejavam tinham sido usadas por crianças infectadas ou não por malária.
Ainda não se sabe se a Covid-19 tem um cheiro característico, mas como outras doenças respiratórias comprovadamente alteram nosso odor corporal, pesquisadores acreditam que há uma boa chance de isso acontecer também com o coronavírus. Caso dê certo, os cães serão um novo auxílio contra a subnotificação.