Viajar de avião será diferente agora - Divulgação
Viajar de avião será diferente agoraDivulgação
Por AFP
Rio - Máscaras, controle de temperatura, desinfecção de aeronaves: a Organização da Aviação Civil Internacional (OACI) publica uma série de recomendações para relançar o transporte aéreo de passageiros, severamente afetado pela pandemia de coronavírus.

Este protocolo de saúde é produto da colaboração entre a OACI, a Organização Mundial da Saúde (OMS) e a Associação Internacional de Transporte Aéreo (IATA).

As recomendações são uma "estrutura" destinada à segurança dos passageiros e do pessoal das companhias aéreas, tanto em aviões quanto em aeroportos.

O passageiro deverá apresentar uma declaração de saúde na chegada ao aeroporto e ser submetido a um primeiro controle de temperatura.

O check-in on-line será incentivado e as verificações de segurança serão repensadas para limitar o contato físico e as filas de espera.

A máscara deverá ser obrigatória nos aeroportos, onde uma distância física de pelo menos um metro deve ser respeitada, assim como dentro dos aviões.

Os passageiros serão incentivados a minimizar os deslocamentos durante o voo e evitar filas de espera nos banheiros.

A OACI não propõe eliminar a ocupação de assentos, algo que as companhias aéreas veem como uma ameaça à sua lucratividade.

Em vez disso, pede que os passageiros estejam o mais afastados possível, com base na taxa de ocupação do avião.

Também aconselha que os alimentos a bordo sejam pré-embalados e que o avião seja desinfetado regularmente. Os passageiros terão novos controles de temperatura na chegada.

Essas não são medidas obrigatórias, mas uma referência em função do amplo consenso a esse respeito, disse Philippe Bertoux, representante da França no Conselho da OACI.

O Conselho da OACI, o órgão executivo desta entidade da ONU, deve aprovar nesta segunda-feira o relatório da "equipe especial sobre a reativação da aviação após a COVID-19".

A OACI estima que a pandemia de coronavírus deve reduzir o número de passageiros em 1,5 bilhão até o final do ano.