Nos últimos sete dias, o continente registrou mais de 36.000 mortes, o balanço mais grave em uma semana desde o início da pandemia - AFP
Nos últimos sete dias, o continente registrou mais de 36.000 mortes, o balanço mais grave em uma semana desde o início da pandemiaAFP
Por AFP
A pandemia do novo coronavírus se agrava no mundo, principalmente na Europa, que ultrapassou 10 milhões de casos nesta sexta-feira (30), uma segunda onda que obriga autoridades a reforçar as restrições, como o novo confinamento iniciado na França.

Todo o território francês retomou o confinamento generalizado nesta sexta, enquanto os Estados Unidos superaram os nove milhões de casos e registraram o recorde de 90.000 casos positivos em 24 horas.

Desde a meia-noite de quinta-feira (20H00 de Brasília), a França, que soma mais de 36.000 mortes desde o início da epidemia, está em confinamento pela segunda vez, mas desta vez a medida é diferente do sistema adotado durante a primavera no hemisfério norte.

As creches e escolas permanecerão abertas com um protocolo sanitário reforçado para que muitos pais possam continuar trabalhando. Mas os estabelecimentos comerciais "não essenciais" estão de portas fechadas, assim como os cinemas e salas de espetáculos.
"Não há outra solução", afirmou na quinta-feira o primeiro-ministro Jean Castex, que prevê um pico de hospitalizações em novembro "maior do que em abril".

As autoridades francesas temem um colapso dos Centros de Terapia Intensiva (CTIs), que já estão com mais da metade dos 5.800 leitos disponíveis ocupados.

A França se tornou um dos poucos países ou regiões da Europa, ao lado da Irlanda e de Gales, a optar pelo confinamento de toda a população, a ferramenta mais poderosa de combate à covid-19.

Segundo uma contagem feita pela AFP com base nos balanços das autoridades sanitárias dos vários países, mais de 10 milhões de casos do covid-19 foram detectados na Europa até as 13H30 de Brasília desta sexta-feira.

O velho continente, onde a segunda onda avança com força, é a terceira região mais afetada do mundo, atrás da América Latina e Caribe (11,2 milhões de casos) e da Ásia (10,5 milhões).
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- Recorde nos Estados Unidos -
A situação também piora nos Estados Unidos, na reta final da campanha eleitoral. A maior potência mundial registrou nesta sexta um novo recorde de casos de covid-19 em 24 horas, superando os 94.000 novos contágios, de acordo com o balanço da Universidade Johns Hopkins.

O país, o mais afetado pela pandemia em todo o mundo, passou dos nove milhões de casos.

Às vésperas das eleições presidenciais, o candidato democrata Joe Biden concentra os ataques a Donald Trump por sua gestão da crise de saúde.

A economia dos Estados Unidos registrou uma grande recuperação no terceiro trimestre, com um crescimento recorde do PIB de 33,1% em projeção anual, mas os dados oficiais estão longe de marcar o fim da crise.

O país continua sendo o mais afetado pelo coronavírus, com 228.625 mortes desde o início da pandemia. Já a região com mais casos de Covid-19 - América Latina e Caribe - superou nesta sexta-feira 400 mil mortos pela doença, segundo um balanço da AFP com base em números oficiais.

Pouco antes das 2h deste sábado, a região contabilizava 400.524 mortos pelo novo coronavírus, com liderança do Brasil, que registra 159.477 óbitos desde o começo da pandemia.