Todo o território francês retomou o confinamento generalizado nesta sexta, enquanto os Estados Unidos superaram os nove milhões de casos e registraram o recorde de 90.000 casos positivos em 24 horas.
Desde a meia-noite de quinta-feira (20H00 de Brasília), a França, que soma mais de 36.000 mortes desde o início da epidemia, está em confinamento pela segunda vez, mas desta vez a medida é diferente do sistema adotado durante a primavera no hemisfério norte.
As creches e escolas permanecerão abertas com um protocolo sanitário reforçado para que muitos pais possam continuar trabalhando. Mas os estabelecimentos comerciais "não essenciais" estão de portas fechadas, assim como os cinemas e salas de espetáculos.
As autoridades francesas temem um colapso dos Centros de Terapia Intensiva (CTIs), que já estão com mais da metade dos 5.800 leitos disponíveis ocupados.
A França se tornou um dos poucos países ou regiões da Europa, ao lado da Irlanda e de Gales, a optar pelo confinamento de toda a população, a ferramenta mais poderosa de combate à covid-19.
Segundo uma contagem feita pela AFP com base nos balanços das autoridades sanitárias dos vários países, mais de 10 milhões de casos do covid-19 foram detectados na Europa até as 13H30 de Brasília desta sexta-feira.
O velho continente, onde a segunda onda avança com força, é a terceira região mais afetada do mundo, atrás da América Latina e Caribe (11,2 milhões de casos) e da Ásia (10,5 milhões).
A situação também piora nos Estados Unidos, na reta final da campanha eleitoral. A maior potência mundial registrou nesta sexta um novo recorde de casos de covid-19 em 24 horas, superando os 94.000 novos contágios, de acordo com o balanço da Universidade Johns Hopkins.
O país, o mais afetado pela pandemia em todo o mundo, passou dos nove milhões de casos.
Às vésperas das eleições presidenciais, o candidato democrata Joe Biden concentra os ataques a Donald Trump por sua gestão da crise de saúde.
A economia dos Estados Unidos registrou uma grande recuperação no terceiro trimestre, com um crescimento recorde do PIB de 33,1% em projeção anual, mas os dados oficiais estão longe de marcar o fim da crise.
O país continua sendo o mais afetado pelo coronavírus, com 228.625 mortes desde o início da pandemia. Já a região com mais casos de Covid-19 - América Latina e Caribe - superou nesta sexta-feira 400 mil mortos pela doença, segundo um balanço da AFP com base em números oficiais.
Pouco antes das 2h deste sábado, a região contabilizava 400.524 mortos pelo novo coronavírus, com liderança do Brasil, que registra 159.477 óbitos desde o começo da pandemia.