Publicado 05/04/2021 14:17 | Atualizado 07/04/2021 12:34
Nos últimos anos, os especialistas identificaram os surtos de gripe com letras e números, mas muitos acham difícil de lembrar Quando ficamos sabendo do surgimento de uma nova doença — como foi o caso recentemente da covid-19, procuramos aprender sobre as causas, os sintomas e como podemos evitá-la.
Raramente paramos para analisar o nome de uma doença ou por que decidiram chamá-la de determinada maneira.
No entanto, os nomes das doenças têm enorme peso político, econômico e social.
"Quando surge uma nova ameaça à vida, a primeira e mais premente preocupação é dar um nome a ela", diz a jornalista especializada em ciência Laura Spinney em seu livro Pale Rider: The Spanish Flu of 1918 and How it Changed the World ( "Cavaleiro Pálido: a gripe espanhola de 1918 e como ela mudou o mundo", em tradução livre).
Em entrevista ao programa Word of Mouth, da BBC Radio 4, Spinney explica por que a denominação é tão importante.
"É muito difícil falar de algo que não tem um nome e mais difícil ainda combatê-lo. Depois de dar um nome, você pode falar sobre isso, discutir possíveis soluções, adotar ou rejeitar essas soluções, transmitir uma mensagem de saúde pública e pedir que as pessoas cumpram", afirmou.
"Acho que não há nada mais assustador do que algo que não tem nome e você não sabe o que é."
No entanto, às vezes, quando surge uma doença infecciosa, as autoridades se apressam em nomeá-la antes mesmo de conhecer todos os seus sintomas e efeitos. E, ocasionalmente, esses nomes acabam sendo equivocados ou confusos.
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"Nomes insípidos e esquecíveis não farão as pessoas ficarem alertas, porque elas não saberão do que estamos falando."
A jornalista científica destaca que, às vezes, chamar as coisas pelo nome pode ter um efeito positivo.
Laura Spinney acredita que é importante identificar as indústrias que geram riscos à saúde pública devido às suas más práticas "Às vezes, dar o nome da origem pressiona um setor para evitar que o risco seja ainda maior. Por exemplo, 'gripe aviária' sugere alguma responsabilidade do setor agrícola e dos governos que a regulamentam."
"Mas se você extrair essa informação do nome, haverá menos pressão, e ninguém será forçado a se encarregar disso."
Mas os especialistas concordam que, no fim das contas, não existe uma pessoa ou grupo específico que decide o nome de uma doença: podem ser médicos, políticos, burocratas ou jornalistas.
"Simplesmente o nome que 'pega' é aquele que permanece", afirmou Spinney.
Sob o ponto de vista linguístico, Wright acredita que as novas diretrizes da OMS têm um efeito limitado.
"As regras pressupõem que há um poder que pode controlar o idioma, e isso não existe. As pessoas vão chamar do que quiserem."
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