Por bruno.dutra

Atenas - A Grécia ainda não tomou nenhuma atitude em resposta à oferta de última hora de credores para negociar um acordo com o objetivo de acabar com o impasse sobre a crise da dívida grega, disse a Comissão Europeia nesta terça-feira.

O primeiro-ministro grego, Alexis Tsipras, falou por telefone com o presidente da Comissão Europeia, Jean-Claude Juncker, na noite da segunda-feira e Juncker, após falar com o presidente do Eurogrupo, Jeroen Dijsselbloem, explicou o que poderia ser o acordo, disse o porta-voz da Comissão Margaritis Schinas a repórteres.

"Isso exigiria uma movimentação do governo da Grécia que o presidente Juncker pediu antes da meia-noite de ontem. Enquanto falamos agora, esta atitude não foi tomada, registrada, e agora o tempo está se esgotando", disse Schinas.

Contatos com o governo da Grécia estão, no entanto, sendo realizados nesta terça-feira, afirmou Schinas.

França

O ministro das Finanças da França, Michel Sapin, disse nesta terça-feira que o lugar da Grécia continua sendo na zona do euro, mas que a saída do país "não seria um drama" para o restante da Europa.

Em entrevista à TV France 2, Sapin, que até segunda-feira pedia que Atenas voltasse à mesa de negociação, ignorou uma pergunta sobre se ainda poderia haver conversas de última hora e disse que a verdadeira questão é o referendo de domingo sobre a mais recente oferta de reformas em troca de dinheiro feita pelos credores.

"É uma votação com consequências. Se disserem sim, continuamos a negociar ... com um não, entramos em terreno desconhecido", disse ele na entrevista.

"Para os outros países na Europa, seria um problema, mas não um drama, se a Grécia sair, não seria uma mudança econômica drástica de súbito", disse ele, classificando as perdas de segunda-feira nos mercados financeiros como uma simples correção de ganhos anteriores.

"O problema seria para a Grécia em si, para o projeto europeu", acrescentou.

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