Por lucas.cardoso

Itália - O Ministério Público da Itália pediu nesta terça-feira uma pena de três anos e dois meses de prisão a um dos filhos do ex-premier Silvio Berlusconi, Piersilvio Berlusconi, acusado de fraude fiscal em um processo que tramita em segunda instância e que ficou conhecido como “Mediatrade”.

O pedido foi apresentado pelo procurador Fabio de Pasquale, que atua na Polícia Judiciária, e incluiu também a sugestão de pena de três anos e quatro meses a Fedele Confalonieri, também réu no processo e presidente do grupo Mediaset. A vice-presidência é ocupada por Piersilvio.

Outros envolvidos são o produtor Frank Agrama, o produtor Giovanni Stabilini, e as italianas Daniele Lorenzano e Gabriella Ballabio, com penas que variam de três a quatro anos de prisão. O procurador também pediu a apreensão de 140 milhões de euros que estão em uma conta na Suíça no nome de duas mulheres acusadas de lavagem de dinheiro.

As condenações são as mesmas que haviam sido solicitadas no julgamento em primeira instância e o qual absolveu os acusados em julho de 2014. O “Mediatrade” surgiu dentro do processo sobre a produtora de vídeos Mediaset, que investigava a compra e venda de direitos televisivos e no qual o premier Silvio Berlusconi foi condenado a 10 meses de trabalho voluntário por fraude fiscal.

O Grupo Mediatrade S.A. é controlado pela família Berlusconi e as irregularidades milionárias na compra e venda de direitos televisivos ocorreram entre os anos 1999 e 2002, quando Silvio Berlusconi já era primeiro-ministro da Itália.

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