Rio - O Estado Islâmico cometeu genocídio contra minorias cristãs e yazidis, além de muçulmanos xiitas, disse ontem o secretário de Estado norte-americano, John Kerry. “O fato é que o Daesh (termo árabe para o Estado Islâmico) mata cristãos por serem cristãos. Xiitas por serem xiitas”, afirmou Kerry, acusando o grupo de crimes contra a humanidade e limpeza étnica.
Embora a revelação do genocídio possa tornar mais fácil para os EUA argumentar a favor de mais ações contra o grupo, legalmente não obriga Washington a fazer mais.
Na quarta-feira, Mark Toner, porta-voz do Departamento de Estado, disse: “Reconhecer que genocídio ou crimes contra a humanidade ocorreram em outro país não resultaria necessariamente em nenhuma obrigação legal em particular para os EUA.”
“Isso pode fortalecer nossa posição ao levar outros países a ajudar. Pode nos livrar de algumas restrições (legais), mas a verdade é que, quando você está combatendo alguém, não precisa de outra razão para fazê-lo”, disse Jon Alterman, diretor do programa de Oriente Médio do Centro de Estudos Estratégicos e Internacionais.
Com Reuters