Por felipe.martins

Islândia - Enquanto no Brasil réus não se acanham em continuar exercendo importantes cargos públicos, na Islândia a cara de pau é breve. O primeiro-ministro Sigmundur David Gunnlaugsson se tornou a primeira baixa das revelações dos ‘Panama Papers’ ao renunciar nesta terça-feira, depois que arquivos vazados revelaram que sua mulher era proprietária de empresa offshore com grandes créditos nos bancos islandeses. Ele assumira três anos atrás com a promessa de tirar a Islândia da crise.

Gunnlaugsson renunciou antes mesmo da votação de moção de desconfiança, horas depois de pedir ao presidente islandês, Olafur Ragnar Grimsson, que dissolvesse o Parlamento. O presidente respondeu que iria conversar com os principais partidos do país antes de tomar uma decisão. Dissolver a legislatura quase certamente levaria a uma nova eleição.

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Os papéis também têm criado incidentes diplomáticos. O Panamá não gostou de ver a França anunciar que colocará o país da América Central de volta em sua lista negra de jurisdições fiscais não cooperativas, disse uma autoridade do governo panamenho ontem. Alvaro Aleman, chefe de gabinete do Panamá, afirmou que o governo pode responder com medidas similares contra a França ou qualquer outro país que siga o ato.

“Não vamos permitir que o Panamá seja usado como bode expiatório por terceiros. Cada país que possui envolvimento é responsável”, acrescentou, dizendo que o presidente instruiu o Ministério das Relações Exteriores a entrar em contato com todos os países envolvidos.

Credit Suisse e HSBC, dois dos maiores gestores de fortunas do mundo, minimizaram sugestões de que usaram estruturas de offshores para ajudar clientes a sonegar impostos. França, Austrália, Nova Zelândia, Áustria, Suécia e Holanda estão entre as nações que abriram investigações.

Com BBC Brasil e Reuters

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