Estados Unidos - Tinhoso até o fim — ou quase. Restando disputar uma primária e bem atrás na confusa contagem final de delegados do Partido Democrata, o senador Bernie Sanders enfim dá sinais de que jogará a toalha. O vovô socialista espera se reunir em breve com a provável escolhida por sua legenda para disputar as eleições presidenciais dos Estados Unidos, Hillary Clinton, para ver como podem trabalhar juntos para derrotar o empresário republicano Donald Trump.
Depois de se reunir com o presidente Barack Obama na Casa Branca, Sanders disse que concorrerá na próxima terça-feira na eleição primária do Distrito de Columbia, a última do processo de prévias estaduais. “Vou fazer todo o possível para me certificar de que Donald Trump não se torne presidente dos Estados Unidos”, enfatizou Sanders.
“Trump seria claramente um desastre como presidente. É incrível que os republicanos tenham credenciado uma pessoa que fez da intolerância e a discriminação uns dos eixos de sua campanha.” Já Obama é só elogios à ex-secretária de Estado. “Não acredito que já tenha havido alguém tão qualificado para ocupar este posto (o de presidente). Sei o quão difícil pode ser este trabalho, é por isso que sei que Hillary será tão boa”, afirmou o líder americano, em vídeo divulgado pela Casa Branca.
De rivais a aliados
Obama acrescentou que Hillary, a quem venceu nas primárias democratas de 2008, tem “a coragem, a compaixão e o coração” para exercer a presidência. Em sua conta na rede social Twitter, Hillary Clinton se declarou “honrada” de contar com o apoio de Obama para as eleições de novembro. “Estou encantada que o presidente Obama tenha me apoiado. Começamos como ferozes concorrentes (em 2008). Acabamos como verdadeiros amigos”, comentou.
A campanha de Hillary anunciou imediatamente que ela e Obama farão a primeira aparição eleitoral juntos na quarta-feira na cidade de Green Bay, no Estado de Wisconsin. O anúncio do apoio formal de Obama à candidatura de Hillary aconteceu logo após o presidente se reunir na Casa Branca com Bernie Sanders. A Casa Branca já tinha antecipado nesta quinta-feira que Obama não pensava em oficializar o apoio a Hillary pelo menos até o encontro de hoje com Sanders.
Com informações da Efe