Por felipe.martins

A uma semana do referendo que pode tirar o Reino Unido da União Europeia, um crime com possível motivação política fez suspender a campanha de ambos os lados da acirrada contenda. A parlamentar trabalhista britânica Jo Cox morreu nesta quinta-feira após ter sido atingida por dois tiros em ataque em Birstall, no norte da Inglaterra.

Um homem de 52 anos foi detido. “Esta é uma investigação muito sensível, na qual grande quantidade de testemunhas está falando com a polícia. A cena do crime é ampla”, afirmou a chefe de Polícia do condado de West Yorkshire, Dee Collins.

Perito analisa a cena do crime%2C perto da biblioteca de Birstall%2C onde Jo tinha acabado de fazer comícioEfe

Tanto a campanha pela permanência na UE como o favorável ao ‘Brexit’ suspenderam todos os atos do dia pouco depois de se saber do ataque contra Cox. O primeiro-ministro David Cameron afirmou que a morte é uma “tragédia”. “Era uma deputada comprometida e solidária. Meus pensamentos estão com seu marido, Brendan, e seus dois filhos pequenos”, afirmou. O líder da oposição trabalhista, Jeremy Corbyn, disse que o partido inteiro e “todo o país” estão comovidos com o “horrível assassinato” da colega.

A deputada defendia a permanência do Reino Unido na União Europeia para o referendo do dia 23. Collins disse que ainda não se confirmou o relato de várias testemunhas que afirmaram que o agressor gritou “Britain First!” (“O Reino Unido primeiro”), referência a uma legenda de extrema-direita contrária à imigração. Collins afirmou, além disso, que a polícia não tem conhecimento de que a deputada tivesse expressado preocupação sobre sua segurança antes do incidente. Além de Cox, durante o ataque ficou ferido sem gravidade um homem de 77 anos.

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