Por clarissa.sardenberg

Rio - A Chefe de missão do Comitê Olímpico australiano, Kitty Chiller, escreveu aos organizadores da Olimpíada do Rio para que reforcem "com alguns dos seus 100 mil homens" a segurança para proteger os atletas que irão participar das competições, publicou o "Sidney Morning Herald". O pedido ocorre após a atleta paralímpica Liesl Tesch ser assaltada na manhã deste domingo, no Aterro do Flamengo, na Zona Sul. "Meu Deus, uma arma! É uma arma!", disse Liesl desesperada, no dia.

Liesl Tesch, de 47 anos, representa a Austrália nas competições paralímpicas de basquete e vela. "Acho que ele disse 'dinero'", afirmou a atleta sobre o assalto ao "Channel Nine". "Eu falo um pouco de Espanhol então levantei minha blusa e mostrei a ele que não carregava dinheiro algum. Mas ele disse outra coisa e colocou a arma no meu peito, me empurrou e eu caí. Naquele momento só pensava: Ele tem uma arma, uma arma", relatou ela.

Linha Vermelha na mídia: 'Única opção para atletas é dominada por traficantes'

Atleta Liesl Tesch durante treinamento de vela Reprodução Twitter

"Atletas foram roubadas enquanto treinavam ou competiam em eventos teste no Rio e nós queremos nossos atletas protegidos", afirmou Chiller aos organizadores em carta. Na ocasião, Liels e a oficial da equipe de vela do país, Sarah Ross, tiveram as bicicletas roubadas. De acordo com informação da página da delegação, as duas foram abordadas por uma dupla armada em um ponto de ônibus perto do hotel onde elas estavam.

"Essa é uma preocupação crucial e a única resposta das autoridades é disponibilizar força policial extra agora. Nós estamos levando 400 jovens atletas para os Jogos e precisamos garantir a todo custo que estarão protegidos", afirmou a chefe do Comitê.

Na última quinta-feira, foi considerado passa a colocar a equipe sob toque de recolher, de acordo com Chiller. "Vamos analisar diariamente se vão existir áreas e horários restritos e até mesmo toque de recolher que precisemos instituir para determinados lugares", afirmou.

"Os comitês, assim como a Polícia Federal australiana, continuarão a trabalhar para garantir que a nossa equipe tenha nível de segurança adequado no período que antecede e durante os Jogos Olímpicos e Paralímpicos", afirmou o presidente da equipe de vela da Austrália Matt Carroll, em nota ao site Australian Sailing Team. Na página da equipe, a embaixada do país ofereceu apoio e disse que o incidente já foi relatado à polícia turística.

A Delegacia Especial de Apoio ao Turismo (DEAT) informou que instaurou um procedimento para apurar o crime e as investigações estão em andamento. 

Você pode gostar