Por gabriela.mattos

Rio - Quando seu filho foi diagnosticado com autismo, a jornalista Andréa Werner ficou "sem chão" e sem saber o que fazer direito. Mas, a partir daquele dia, ela decidiu estudar sobre o assunto e ajudar às famílias que também têm parentes autistas. Com base nessas pesquisas, a escritora lançará o livro "Lagarta Vira Pupa — A Vida e os Aprendizados ao Lado de um Lindo Garotinho Autista", no próximo domingo, na Livraria Argumento, no Leblon, a partir das 17h.

“O livro vem para acolher e apoiar principalmente os pais, e isso vai desde a validação de todos os sentimento vividos no pós-diagnóstico – a negação, a barganha, a aceitação - até uma palavra de conforto para os dias difíceis, terminando em dicas práticas”, explicou a autora, ressaltando que sua proposta é de que a obra também seja útil para familiares e profissionais que trabalham com crianças com deficiências ou simplesmente para pessoas que tenham vontade de aprender a lidar melhor com a diversidade e criar filhos mais abertos a ela.

Jornalista lança livro sobre experiência com seu filho autistaDivulgação

Andréa escreve este livro desde 2012, dois anos após descobrir o autismo de seu filho Theo. Inicialmente, ela criou um blog, de mesmo nome, para desabafar sobre a situação e trocar experiências com outras mães de filhos autistas. Até o momento, o portal já alcançou 100 mil usuários, 45 mil curtidas no Facebook, 11 mil seguidores no Instagram e 2,5 mil inscritos no Youtube.

Com ilustrações, o livro foi bancado de forma independente por Andréa. Ela explica que as editoras sugeriam propostas mais simples do que ela queria fazer. “Foi um frio na barriga por não saber como a iniciativa seria recebida”, contou. A resposta veio imediatamente. Uma semana após a campanha ter sido lançada, arrecadou R$ 30 mil quando o prazo proposto pelo site que abraçou o projeto era de 60 dias.

Após seis anos pesquisando e aprendendo sobre autismo, a jornalista destacou ter constatado que algumas mães entendem mais sobre o transtorno do que muitos médicos. “Por isso decidi fazer essa ponte para novos pais que chegam no nosso mundo. O diagnóstico no Brasil ainda é tardio, por volta dos cinco anos, e a intervenção precoce é muito importante porque aumenta muito a chance da criança ser mais independente no futuro”, ressaltou.

Você pode gostar