Estados Unidos - O Facebook inflou o tempo médio de visualização dos anúncios em vídeo durante dois anos e não levou em conta aquelas peças que duraram menos de três segundos. A rede social de Mark Zuckerberg emitiu um comunicado dizendo que foi um erro de cálculo em suas estatísticas e não mencionou nada sobre fraude. Esse dado é extremamente relevante para o lucro com anunciantes na plataforma.
Somente no último trimestre, o ganho foi de US$ 6,24 bilhões (cerca de R$ 20,04 bilhões) em publicidade, 63% a mais que no mesmo período de 2015. O jornal "Wall Street Journal" havia antecipado a notícia.
"Recentemente descobrimos um erro na forma de calcular uma de nossas estatísticas de vídeo. O erro foi resolvido, não afetou o faturamento e informamos a nossos parceiros. (...) Esta estatística é uma das muitas que nossos parceiros utilizam para planejar suas campanhas de vídeo", informa o comunicado da companhia.
De acordo com o Facebook, o número de consumo de vídeos na plataforma subiu consideravelmente nos últimos anos. O aumento de usuários ativos por trimestre a trimestre (1,710 bilhão de membros ativos por mês) e do tempo gasto na rede também tem influência na atividade publicitária.
O reconhecimento de que a rede social falhou no cálculo da estatística de consumo de anúncios de vídeo volta a pôr sobre a mesa uma demanda reiterada dos anunciantes, que pedem que companhias terceiras possam verificar os números oferecidos pelo Facebook.