Por lucas.cardoso
Berlim.- A Promotoria de Düsseldorf (oeste da Alemanha) responsabilizou somente o copiloto Andreas Lubitz pela catástrofe do avião da Germanwings que, em março de 2015, se chocou deliberadamente contra os Alpes franceses com 150 pessoas a bordo.
Nenhum dos médicos que trataram do copiloto nos meses anteriores à tragédia aérea previu um risco de suicídio, segundo informações do jornal "Süddeutsche Zeitung" e da televisão pública regional "WDR".
Imagem de copiloto da Germanwings Andreas Lubitz em São Francisco%2C nos Estados UnidosReuters

Os sintomas identificados em Lubitz eram diferentes dos estabelecidos em 2008, quando foi diagnosticada uma depressão durante seu período de formação como piloto. De acordo com esses veículos, a Promotoria desprezou as denúncias apresentadas por um coletivo de familiares das vítimas por suposta negligência dos médicos de Lubitz.

O avião da Germanwings, filial da Lufthansa, caiu nos Alpes franceses em 24 de março de 2015 quando realizava o trajeto entre Barcelona (Espanha) e Düsseldorf (Alemanha) sem deixar sobreviventes.

As investigações sobre as circunstâncias da catástrofe foram assumidas pela Justiça francesa, enquanto a Promotoria de Düsseldorf abriu diligências para tentar estabelecer outras possíveis responsabilidades na tragédia. Aproveitando a ausência momentânea do piloto, Lubitz assumiu o comando do avião e bloqueou a porta de acesso à cabine após ficar sozinho em seu interior.

Depois da tragédia, foi revelado que Lubitz foi atendido em 40 consultas médicas por diversos transtornos psíquiátricos e depressões, tinha tendências suicidas e, no dia da catástrofe, tinha um atestado médico para não trabalhar, mas o escondeu de seus superiores.