Por rafael.nascimento
Genebra - A Federação Internacional de Sociedades da Cruz Vermelha e o Crescente Vermelho (IFRC, na sigla em inglês) pediu nesta sexta-feira medidas "imediatas e mais amplas" para ajudar 11 milhões de pessoas em Somália, Etiópia e Quênia que sofrem, atualmente, com a fome extrema e necessitam de assistência humanitária urgente. A organização faz este apelo a fim de "prevenir que as condições de seca estendidas provoquem uma catástrofe humana" nesses três países do Chifre da África.
"Encontramo-nos sem dúvida perante uma crise, mas a situação piorará especialmente se em abril não houver chuva", afirmou a diretora regional da IFRC para a África, Fatoumata Nafo-Traoré. "Temos que atuar de maneira decisiva, maciçamente e temos que fazê-lo agora para prevenir que se repitam as terríveis cenas de 2011", advertiu, em referência à crise de fome na África oriental.
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A situação é particularmente grave na Somália, onde quase 40% da população precisa atualmente de alguma forma de ajuda humanitária e onde já foram registradas mortes no norte do país, devido à emergência de alimentos. No Quênia, as fontes de água estão secas e provocam a perda de gado, enquanto a Etiópia sofre a pior seca em meio século e recebe ainda um grande fluxo de refugiados somalis.
Por tudo isso, a IFRC pede a seus parceiros na região e à comunidade internacional em geral para aumentar seu apoio às operações de emergência da Cruz Vermelha e do Crescente Vermelho, que apesar de já estar em andamento não contam ainda com os fundos necessários, um total de 13,7 milhões de francos suíços.
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Até o momento só se financiou 22% deste montante, que, se for completado permitiria ajudar 475 mil pessoas nos três países afetados.