Aissami é investigado há anos pelos Estados Unidos por suspeita de participação em tráfico de drogas e lavagem de dinheiro, acusações que ele nega. A ação deve agravar ainda mais a tensa relação entre EUA e Venezuela. A partir de agora, o vice-presidente passa a fazer parte de uma lista de pessoas que tem os bens congelados nos EUA, que não podem entrar no país e com as quais os americanos não podem fazer negócios.
Aissami foi constituído vice-presidente no início de janeiro em meio a uma grave crise econômica na Venezuela e é visto como um possível candidato do chavismo para a sucessão de Maduro. Aos 42 anos, ele foi deputado federal, ministro do Interior de Hugo Chávez — de 2008 a 2012 — e teve funções de destaque em comissões parlamentares. Foi eleito governador de Aragua em dezembro de 2012, deixando o cargo para assumir a vice-presidência. A partir daí tem conquistado cada vez mais poder e funções dentro do governo. Sua escolha foi vista como um fortalecimento da ala mais dura do chavismo.