Por rafael.nascimento
Washington e Caracas - O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, recebeu, nesta quarta-feira, na Casa Branca, Lilian Tintori, esposa de Leopoldo López, e pediu a libertação do opositor venezuelano condenado a quase 14 anos de prisão por ter incitado algumas manifestações que terminaram com mais de 40 mortos em 2014.
"A Venezuela deveria permitir que Leopoldo López, um preso político e marido de @liliantintori (que conheci ao lado de @marcorubio), saia da prisão imediatamente", afirmou Trump, em mensagem através de sua conta no Twitter, acompanhado de uma fotografia dele com a esposa do dirigente opositor no Salão Oval.
Além de Trump e Lilian, o vice-presidente dos EUA, Mike Pence, e o senador republicano Marco Rubio também aparecem na fotografia.
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Lilian Tintori viajou para Washington para colocar no Senado dos EUA seu ponto de vista sobre a crise que atravessa a Venezuela depois que um grupo de 34 legisladores dos dois partidos pediram na semana passada que Trump puna o governo de Nicolás Maduro.
Trump%2C Lilian Tintori%2C esposa de Leopoldo López%2C Mike Pence%2C vice-presidente dos EUA%2C e o senador republicano Marco RubioReprodução Twitter
Em entrevista coletiva realizada na terça-feira, no Centro de Estudos Diálogo Interamericano, a esposa de López também pediu que Donald Trump "faça algo em ações e não só em palavras" sobre a Venezuela.
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Lilian Tintori disse que "se o governo dos EUA for democrático, precisa pedir que se cumpram as leis e os direitos humanos na Venezuela, e tem que pressionar pela libertação dos presos políticos", e disse que o fracasso os tornam "cúmplices" disso.
Após o encontro com Trump, a esposa de López também publicou uma mensagem no Twitter: "Vamos, Venezuela. Sigamos com mais força para conquistar nossa liberdade!", escreveu, citando o tweet do presidente americano.
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Venezuela rejeita 'intromissão' de Trump ao pedir liberdade de López
O governo da Venezuela rejeitou o que considerou uma "intromissão" do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, depois dele ter pedido a libertação "imediata" do opositor venezuelano Leopoldo López, preso desde 2014 e condenado a quase 14 anos de prisão.
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"A República Bolivariana Venezuela rejeita a intromissão e agressão do presidente dos EUA @realDonaldTrump que pretende dar ordens em nosso país", disse em sua conta no Twitter, a ministra das Relações Exteriores venezuelana, Delcy Rodríguez.
A chanceler considerou "lamentável" que alguns supostos "lobbys" e "máfias" de Miami, "em cumplicidade com a oposição violenta venezuelana", tenham imposto ao presidente americano políticas contra a chamada revolução bolivariana.
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"Enquanto o presidente Nicolás Maduro propõe iniciar nova era de relações de respeito, Trump se solidariza com chefe de ações violentas", afirmou a ministra venezuelana, após classificar López de "líder de ações sangrentas e inconstitucionais".