Por thiago.antunes

Cidade do México - Autoridades de México e dos Estados Unidos, que estiveram frente a frente nesta quinta na capital mexicana, evitaram falar na proposta do muro entre os dois países levantada pelo presidente americano Donald Trump.

Ambos os lados fizeram pronunciamentos admitindo diferenças importantes nos dois lados, mas tentando ressaltar que podem trabalharem em conjunto para superar os problemas.

O secretário de Interior mexicano, Miguel Ángel Osorio Chang, ressaltou a necessidade de coexistência entre os países, em sua fala. “Os EUA precisam do México e o México precisa dos EUA”, resumiu.

O ministro das Relações Exteriores mexicano, Luis Videgaray, também pôs panos quentes nos conflitos entre Trump e os mexicanos em nome das necessidades econômicas do país. Ele disse que existe uma certa “irritação” com os americanos, mas o processo de negociação deve prosseguir.

O secretário de Estado americano, Rex Tillerson, afirmou que ele e o restante da administração têm grande afeição pelo México, “um vizinho muito próximo”. Tillerson reafirmou a cooperação “estreita” em questões comerciais e econômicas, como no setor de energia.

Donald Trump fez em vários momentos críticas duras aos imigrantes mexicanos, qualificando-os como “homens maus” e “estupradores” na campanha eleitoral. Após a eleição, o presidente republicano manteve a retórica dura contra os imigrantes, com promessas de fortalecer as fronteiras para garantir empregos para os americanos e evitar a entrada de terroristas. E tem promovido deportações de imigrantes ilegais. 

Trump promete também rever o Nafta, acordo comercial que envolve EUA, México e Canadá, e diz que o México leva vantagem financeira sobre os EUA nessa relação.

Trump e comunidade gay em pé de guerra

Trump anulou, na noite de quarta-feira, uma norma adotada por Barack Obama que determinava às escolas públicas do país que permitissem aos alunos transexuais usar os banheiros e vestiários que prefiram em função do gênero com o qual se identifiquem.

Os departamentos de Justiça e de Educação disseram em uma carta enviada às escolas de todo o país que a orientação de Obama causou na época um pico em ações judiciais sobre como a orientação deve ser aplicada.

Agora cabe aos estados e distritos escolares interpretarem a decisão e determinar se os estudantes possam ter acesso ao banheiro que quiserem ou apenas o determinado pelo seu sexo biológico.

A comunidade GLS americana é uma das que mais resistem a Donald Trump. Em Nova York, marchas em protesto vêm se repetindo todos os finais de semana, juntando mais de 20 mil pessoas por evento.

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