Washington - O secretário de Estado americano, Rex Tillerson, assegurou nesta sexta-feira que os Estados Unidos vão manter seus esforços unilaterais para reduzir as emissões de gases de efeito estufa, apesar da retirada do Acordo de Paris sobre as mudanças climáticas.
Ao receber o chanceler do Brasil, Aloysio Nunes, no Departamento de Estado, Tillerson disse que os Estados Unidos tinham "antecedentes espetaculares" em matéria de redução de emissões que impulsam o aquecimento global.
A declaração de Tillerson acontece um dia após Donald Trump anunciar a retirada do país do Acordo de Paris. A atitude do presidente foi crítca por diversos países, incluindo os membros do G7, que se reuniram na semana passada junto a Trump para tratar do assunto.
O ex-presidnete Barack Obama também se pronunciou sobre o assunto e criticou a atitude de Trump: "As nações que permanecem no Acordo de Paris serão as nações que colherão os benefícios em empregos e indústrias criadas", afirmou Obama em um comunicado.
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ONU diz temperatura do planeta pode subir após EUA deixar acordo
A retirada dos Estados Unidos do Acordo de Paris sobre o clima pode, "no pior dos cenários", se traduzir em um aumento da temperatura do planeta de 0,3ºC no século XXI, estimou a ONU nesta sexta-feira.
O chefe do Departamento de Meio Ambiente e de Pesquisa Atmosférica da Organização Meteorológica Mundial (OMM), Deon Terblanche, destacou que ainda é difícil avaliar o impacto provável que possa ter a decisão do presidente americano, Donald Trump.
"Não elaboramos novos modelos esta noite, mas temos indicações segundo as quais, no pior dos cenários, isto poderia ser da ordem de 0,3ºC", declarou Terblanche aos jornalistas em Genebra, referindo-se a um possível aumento da temperatura do planeta em relação à média da era pré-industrial.
"É o pior cenário e provavelmente não é o que irá acontecer", afirmou.