Por thiago.antunes

Cidade do México - De todos os dramas que emergiram do tremor de 7,1 graus que abalou o México na terça-feira, o da Escola Enrique Rebsamen, na Zona Sul da capital, foi o que calou mais fundo. Ali morreram 26 das 225 vítimas registradas até agora; 21 eram crianças que estudavam no prédio de três andares que foi ao chão. Os trabalhos de resgate prosseguem sem descanso na região central do país.

Escola que desabou com 400 pessoas na capital atrai voluntários para o resgateArte%3A O Dia

Até agora, 11 crianças e pelo menos uma professora foram retiradas com vida da escola que desabou. "Estamos trabalhando com câmeras térmicas e unidades com cães", disse Pamela Díaz, padeira de 34 anos que desde terça-feira ajuda socorristas no resgate.

Silêncio é fundamental

Com pás e com as próprias mãos, há quase 24 horas sem dormir e praticamente sem comer, Pamela e outros voluntários não poupam esforços na angustiante corrida contra o tempo para encontrar com vida as pelo menos 30 crianças que continuam desaparecidas. "Silêncio, por favor! Não caminhem, não respirem, tentamos ouvir as vozes!", pediu um policial, enquanto voluntários carregavam vigas de madeira para apoiar as áreas a ponto de desabar.

"Uma nuvem de poeira subiu quando parte do edifício entrou em colapso. Tivemos que permanecer em nossas salas até que o tremor passasse", relatou a professora María del Pilar Martí.

Na Cidade do México desabaram 39 edifícios, segundo o prefeito Miguel Ángel Mancera, que assegurou que, salvo em uns cinco, onde se determinou que não há pessoas presas, os trabalhos de resgate permanecem. A energia foi restabelecida em boa parte da capital.

Com informações da AFP

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