Por marlos.mendes

Washington - Um novo tratamento experimental que reduziu de maneira significativa o peso, a taxa de insulina e os níveis de colesterol ruim em ratos e primatas obesos foi divulgado nesta quarta-feira na revista Science Translational Medicine, nos Estados Unidos.

Pesquisa revela potencial novo tratamento contra a obesidade AFP

Esta nova terapia pode oferecer uma alternativa à cirurgia bariátrica para tratar a obesidade humana, que triplicou no mundo desde 1975, segundo avaliações de cientistas da sociedade de biotecnologia Amgen.

Os pesquisadores comprovaram que os roedores e os humanos obesos tinham uma concentração sanguínea elevada de uma proteína chamada GDF15, em comparação com um grupo com peso normal, explicou Yumei Xiong, do serviço de transtornos cardiometabólicos da Amgen, que realizou o estudo.

Com esta molécula, os cientistas criaram o tratamento "GDF15", que reduz o peso, o apetite e o açúcar em animais de laboratório. Ele consiste em um coquetel de proteínas que resulta na perda de peso, como ocorreu nos ratos e macacos obesos.

Os pesquisadores também apontaram que essas proteínas alteraram as preferências alimentares dos ratos, fazendo com que selecionassem alimentos menos ricos em calorias quando escolheram entre diferentes tipos de comida. Eles também ressaltaram que são necessárias mais pesquisas para identificar o receptor celular dessas proteínas, a fim de obter um potencial tratamento terapêutico com aplicações clínicas.

A cirurgia gástrica, que consiste em reduzir o volume do estômago, é a intervenção mais eficaz para tratar a obesidade de forma duradoura.Embora o procedimento permita a perda significativa de peso, ele é invasivo, complexo e deixa no paciente efeitos secundários permanentes, explicaram os pesquisadores. Portanto, é preciso desenvolver os tratamentos farmacológicos seguros e efetivos e prevenir também que se possa administrar de modo duradouro.

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