Por lucas.cardoso
Cabul - Um ataque suicida cometido nesta segunda-feira, perto de uma sede da agência de inteligência afegã em Cabul, no Afeganistão, matou pelo menos seis pessoas, informou o ministério do Interior. Ato foi reivindicado pelo grupo extremista Estado Islâmico (EI).
O terrorista acionou uma carga explosiva que estava presa ao seu corpo no momento em que os funcionários da agência chegavam para trabalhar em seus escritórios. O ato ocorre uma semana após um atentado contra o principal centro de treinamento dos serviços de inteligência afegãos (NDS) em Cabul, igualmente reivindicado pelo grupo extremista sunita.
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Desta vez, o EI reivindicou a responsabilidade pelo ataque através do seu órgão de propaganda, Amaq. "Uma operação suicida contra um centro de inteligência afegão (...) em Cabul", informou.
Seis civis que estavam em um carro morreram na explosão, segundo indicou Najib Danish, porta-voz do ministério do Interior afegão. "Três outras pessoas ficaram feridas", acrescentou. O ministério da Saúde confirmou o número de mortos, mas relatou apenas um ferido.
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Os ataques terroristas se repetem em Cabul, atualmente uma das cidades mais perigosas do Afeganistão. Em 31 de maio, a explosão de um caminhão-bomba matou 150 pessoas e feriu cerca de 400 outras na capital.
Na semana passada, o EI reivindicou um ataque que durou mais de quatro horas contra o principal centro de treinamento do NDS em Cabul, que terminou com alguns feridos sem gravidade entre as forças de segurança.
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Os jihadistas têm visado particularmente a minoria xiita em Cabul. Paralelamente, os talibãs aumentaram o seu assédio contra as forças de segurança.
Na sexta-feira, um suicida explodiu sua carga em um carro militar perto de um complexo policial. Pelo menos seis policiais morreram. O ataque foi reivindicado pelos talibãs.
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As forças de segurança afegãs, enfraquecidas por deserções e corrupção, perdem milhares de homens todos os anos, ainda mais desde 2014, quando a coalizão internacional liderada pelos Estados Unidos se retirou do país.
Em 2016, cerca de 6.800 soldados e policiais morreram, um aumento de 35% em relação ao ano anterior, segundo Sigar, uma agência militar dos EUA.
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Os rebeldes também têm tirado proveito de brigas internas, agentes infiltrados e equipamentos militares vendidos por soldados corruptos.