Por marta.valim

Funcionários de redes de fast food como Mc Donald's, Burguer King e Taco Bell se mobilizam nesta quinta-feira em 150 cidades de 33 países para reivindicar melhores condições de trabalho. No Brasil, funcionários do Mc Donald's se manifestam nas cidades de Porto Seguro, São Paulo, Curitiba, Manaus e Goiânia.

O movimento nacional é organizado pelo Confederação Nacional dos Trabalhadores no Comércio e Serviços (Contracs) e pela Confederação dos Trabalhadores em Turismo e Hospitalidade (Contrathu), em parceria com sindicatos regionais. As ações acontecem durante todo o dia e envolvem protestos e paralisação do atendimento nas lanchonetes de algumas cidades brasileiras.

A ação global foi anunciada após a 1° Conferência Internacional para o setor de Fast Food, com líderes de diversos países nos dias 5 e 6 de maio, em Nova York. Nos Estados Unidos, os trabalhadores de redes de fast food pedem aumento do valor pago por hora para US$ 15 e a possibilidade de se organizar em sindicatos, que não sejam ligados à empresa. Outra reclamação são as jornadas móveis, em que a empresa comunica semanalmente ao funcionário, quantas horas ele vai trabalhar, o que dificulta o planejamento financeiro.

A secretária de relações internacionais do Contracs-Cut, Lucilene Binsfeld, explicou que o movimento brasileiro é solidário às reivindicações dos funcionários norte-americanos e pede melhores salários,  melhor alimentação para os funcionários, combate ao assédio moral, cumprimento das jornadas de trabalho e fim do acúmulo de funções.

Nos Estados Unidos, houve greve de funcionários de redes de fast food nas cidades de Miami, Nova York, Chicago, Los Angeles e Houston. Também houve manifestações em Genebra e Londres. Em Paris, os trabalhadores anunciaram um dia de solidariedade, enquanto na Itália, os três principais sindicatos anunciaram uma greve para sexta-feira, segundo a agência de notícias AFP.

O Mc Donald's Brasil afirmou que a empresa "cumpre rigorosamente a legislação trabalhista e segue o que é previsto e reconhecido por lei, incluindo todas as determinações do Programa de Alimentação do Trabalhador (PAT)". 

Quanto aos salários, o McDonald's informou que eles estão de acordo com o piso salarial estabelecido nas convenções coletivas de trabalho, negociadas com os sindicatos de cada cidade onde atua e acrescentou que "esse piso é sempre igual ou maior que o salário mínimo" para jornadas integrais de 44 horas semanais.


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