Por bruno.dutra

Rio - O Brasil é o segundo maior mercado em número de buscas para o Google, disse o presidente da companhia para o Brasil, Fabio Coelho, em sua participação Insurance Service Meeting, evento sobre seguros organizado pela Confederação Nacional das Empresas de Seguros Gerais, Previdência Privada e Vida, Saúde Suplementar e Capitalização (CNseg), no sábado. Segundo ele, o país, com 120 milhões de pessoas com acesso à internet, só perde para os Estados Unidos. “Hoje, 93% das buscas do brasileiro são feitas no Google (...) O brasileiro dorme oito horas e passa quase a metade do dia conectado”, declarou.

Coelho destacou também que com um número cada vez maior de smartphones no Brasil, a tendência é que as buscas feitas por dispositivos móveis chegue a 90% nos próximos cinco anos. Hoje estas buscas estão na casa dos 15% do total de pesquisas realizadas por brasileiros utilizando o buscador da empresa. Estes dispositivos garantem outra liderança à empresa: cerca de 80% dos aparelhos utilizam Android, sistema operacional do Google. “Há 22 meses, o Google tinha 12 milhões de dispositivos com Android no país. Hoje são 72 milhões”, completou o presidente do Google Brasil.

Com essa mudança no perfil da navegação na internet, que dá mais poder ao usuário, disse Coelho, as empresas têm que reavaliar sua participação na rede. “O usuário faz parte de um painel da economia digital. A empresa tem que entender como as pessoas estão interagindo com as marcas e como isso reflete nos seus hábitos de consumo (...) Hoje, todos têm em casa várias telas. A pergunta é qual a mais importante?”, frisou. De acordo com ele, pesquisas apontam que 70% do consumo de televisão virou “barulho de fundo”, mas que 51% dos consumidores fazem uma busca depois de serem impactados por um anúncio.

“O papel do Google é também melhorar o processo de conexão comercial. Hoje, no mundo offline, vendedores busca compradores, ao passo que no mundo online é ao contrário: consumidores buscam vendedores”, explicou o executivo.

Após questionar se as empresas de seguros estão captando a demanda online por seus produtos, que a seu ver cresce acima da capacidade do mercado — 70% das pessoas que compram seguros estão na internet e 40% das decisões de renovação se dão na web -, Coelho acrescentou que, no entanto, a economia digital afeta não só este setor, mas todas as indústrias.

“Nada como proteger o território de marca através da defesa dos seus termos básicos, também através do entendimento de que você pode estar sendo associado a outras categorias ou ainda você pode expandir para outros grupos de afinidade. Mas uma vantagem é que o digital permite a contextualização da abordagem, inclusive com a geolocalização”, disse ele, acrescentando que, com isso, as empresas que entenderem como melhor se ajustar na economia online têm mais chances de sobreviver.Também participaram do painel Henrique Hablitschek, da Alog, e Fernando Steler, da Direct One.

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