Por monica.lima
Com crescimento expressivo nos últimos anos em todo o mundo — um dos principais players, o Naspter cresceu mais de 66% entre janeiro de 2014 e o mesmo mês desse ano —, o serviço de streaming de música registra alta no Brasil, mas ainda enfrenta problemas no mercado nacional: a pirataria e a resistência do brasileiro em aderir a serviços pagos.
“O Brasil sempre teve o problema da pirataria. Além disso, outros fatores atrasaram a adesão, como o fato do iTunes — serviço de downloads pagos de músicas e vídeos da Apple — ter chegado tarde ao país. Mas a verdade é que temos mais impacto da pirataria do que da redução dos downloads pagos”, explica o diretor da Deezer para a América Latina, Mathieu Le Roux. A plataforma já possui 16 milhões de usuários ativos e seis milhões de assinantes no mundo.
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O streaming de música ganha como aliadas as principais gravadoras de música, como Sony e Universal, uma vez que só há versões oficiais nos aplicativos e toda a cadeia envolvida é remunerada, o que não acontece no caso dos downloads piratas.
Ao mesmo tempo em que há problemas que ainda atrasam o crescimento, as empresas que oferecem serviços de streaming veem um grande potencial no mercado brasileiro. Segundo dados da Associação Brasileira de Produtores de Discos, (ABPD), o consumo de música em formato digital representou 36,5% das vendas totais da indústria no país já em 2013, ano do início da chegada dos principais players do mercado de streaming ao Brasil. Os números de 2014 ainda não foram divulgados.
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Para o gerente-geral do Spotify para a América Latina, Gustavo Diament, o crescimento do uso dos smartphones aliado à paixão das pessoas por música reforçam o potencial do streaming em mercados como o brasileiro. “Essa mudança de mercado é só o começo. O streaming já é uma realidade no cotidiano das pessoas”, diz o executivo do Spotify. O aplicativo anunciou ontem ter alcançado 15 milhões de assinantes e mais de 60 milhões de usuários ativos no mundo.
Oferecendo apenas pacotes pagos, o que o difere da maioria dos seus concorrentes que possuem também planos gratuitos mas com anúncios, o Napster aposta nas parcerias para continuar a expansão no Brasil. Os clientes da Vivo, por exemplo, podem aderir a um dos planos e ter seu valor incluído na conta do celular.
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“O Netflix demorou para conquistar seu espaço e mostrar os benefícios aos brasileiros. Cabe ao Napster e aos concorrentes mostrar as vantagens de assinar um serviço para ouvir músicas no celular e no computador”, pondera Roger Machado, diretor de desenvolvimento de negócios e marketing para América Latina do Napster, que já possui mais de 2,5 milhões de usuários no mundo.
“Ainda não chegamos aqui em um ponto em que concorrentes tiram clientes de outros players. Estamos em uma fase de trazer mais pessoas para o formato”, completa.
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Com catálogos muito parecidos, é preciso ter ferramentas que tragam diferenciais competitivos. O Rdio, por exemplo, funciona como uma rede social, permitindo que os usuários compartilhem álbuns e músicas em outras mídias sociais ou dentro da plataforma.
“Estamos entre os principais serviços de streaming no mundo e presente em mais de 60 países. Chegaremos a 100 países em 2015”, adianta Yuri Almeida, coordenador de conteúdo do Rdio no Brasil.
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Skol Summer On desembarca no Rio, no sábado
Reforçando sua relação com a música e com o verão, a Skol criou o festival de música eletrônica Skol Summer On. Após Porto de Galinhas (PE) e Arraial d’Ajuda (BA), o evento chega ao Rio no próximo sábado. Depois será a vez de Maresias (SP), no dia 24/01, e Jurerê (SC), em 31/01.
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“O verão sempre foi muito importante para a Skol, não só pelas vendas, mas porque representa bem o espírito da marca. Quisemos trazer uma experiência diferente. Mais do que um consumidor, quem for ao evento será um participante, com experiências da chegada à saída”, diz o gerente nacional de Eventos da Skol, Alexandre Costa.
O line-up acompanha a essência da estação: a festa começa durante o dia com clima chill out e que vai transformando-se em balada depois do pôr do sol.
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