Por marta.valim

Rio - As cerca de nove milhões de micro e pequenas empresas respondem por 27% do PIB brasileiro, uma participação que vem crescendo nos últimos anos, informou o presidente do Sebrae, Luiz Baretto, nesta quarta-feira.

Os dados são de uma pesquisa feita pela Fundação Getúlio Vargas, a pedido do Sebrae, que considerou as informações do IBGE disponíveis até 2011 e se baseou na soma das riquezas geradas nos setores de Comércio, Indústria, Serviços e Agroindústria, com exceção do setor público e das intermediações financeiras, onde não há micro e pequenas empresas.

As micro e pequenas empresas são as principais geradoras de riqueza no comércio brasileiro e respondem por 53,4% do PIB desse setor. No PIB da indústria, a participação delas, de 22,5%, já se aproxima das médias empresas (24,5%). Em serviços, mais de um terço da produção nacional, 36,3%, têm origem nos pequenos negócios.

O Sebrae encomendou a pesquisa, já que o último levantamento feito pelo IBGE sobre a participação dos pequenos negócios no PIB tinha sido realizado em 1985, quando as micro e pequenas empresas representavam 21% do total das riquezas produzidas. A nova apuração, feita com a mesma metodologia, mostrou que, em 2001, a participação das empresas de micro e pequeno porte correspondia a 23,2% do PIB e, em 2011, a 27%.

“O empreendedorismo vem crescendo muito no Brasil, nos últimos anos, e é fundamental que cresça não apenas a quantidade de empresas, mas a participação delas na economia”, afirma Luiz Barretto.

Em valores absolutos, a produção gerada pelas micro e pequenas empresas quadruplicou em dez anos, de R$ 144 bilhões, em 2001, para R$ 599 bilhões em 2011, em valores da época.

“Os dados demonstram a importância de incentivar e qualificar os empreendimentos de menor porte, inclusive os microempreendedores individuais. Isoladamente, uma empresa representa pouco. Mas juntas, elas são decisivas para a economia”, considera Barretto, acrescentando que os pequenos negócios também empregam 52% da mão de obra formal no país e respondem por 40% da massa salarial brasileira.

Segundo ele, os principais motivos para o bom desempenho dos pequenos negócios na economia brasileira são a melhoria do ambiente de negócios, o aumento da escolaridade da população e a ampliação do mercado consumidor, com o crescimento da classe média.

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