Por monica.lima
Apesar do avanço incontestável da telefonia celular no Brasil, o serviço de telefonia fixa continua a crescer no país, impulsionado também pela alta entre as micro, pequenas e médias empresas, que utilizam as linhas fixas em diferentes ocasiões e ajudam a manter este segmento ativo. A outra ponta vem dos combos residenciais, que acabam incluindo a telefonia fixa no pacote. As empresas do setor não abrem os números dos clientes do segmento de PMEs em sua base de dados. A participação de mercado na telefonia fixa tem oscilações e empresas que se destacam, caso da GVT e da Embratel (Net). De acordo com dados da Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel), até novembro de 2014 o número de telefones fixos no Brasil chegou a 45 milhões, somando as empresas concessionárias e as operadoras autorizadas a comercializar as linhas. No ano de 2013 eram 44,1 milhões.
Segundo Carina Gonçalves, analista Telecom da Frost & Sullivan, os serviços de telefonia fixa já têm alta taxa de penetração no segmento da PMEs.
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“Uma das razões pela qual as PMEs necessitam ter uma linha fixa, além de para fins de comunicação, é o de construir credibilidade com os clientes e ter uma relação financeira com bancos e fornecedores. Para empréstimos, por exemplo, esta é uma exigência habitual. Outro impulsionador são os combos de serviços que combinam banda larga fixa, o gerenciamento de desktops, soluções de ponto de venda, entre outros”, diz ela.
Carina acrescenta que as teles estão inovando em termos de canais para atingir pequenas e médias empresas, com vendas porta a porta e agentes de vendas, não só para aumentar os contratos de linhas de telefonia fixa, mas também de outros serviços de telecomunicações e de TI, como computação em nuvem.
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Christiana de Mello, diretora de Marketing de Produtos Empresariais da GVT, afirma que o mercado de voz tem crescido a taxas de 10% ao ano, puxada pelo maior número de empreendedores que resolvem abrir o próprio negócio ou que migram para serviços mais completos. São profissionais liberais, salões de cabeleireiros, bares, restaurantes, cafés, comércio em geral e empresas que trabalham com serviço de entrega (delivery).
“A receita de voz no segmento empresarial representa hoje 51% e deverá chegar a 57% até 2017. Temos investido cada vez mais na oferta de serviços para este público, desde o mais simples até soluções mais elaboradas”, diz ela.
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Um pacote de voz econômico com 15 canais e bônus de seis mil minutos é um dos mais procurados pelas PMEs na GVT e custa em torno de R$ 699. De acordo com a empresa, um novo pacote, no valor de R$ 499 e com PABX digital, está sendo lançado para chegar mais perto de micro e pequenos empreendedores.
A concorrente Oi aposta no Oi Smart Office, de olho nos profissionais que trabalham em home office. O pacote inclui voz, dados e compartilhamento de documentos a um custo de R$ 370 mensais. A empresa espera ter 60 mil usuários no serviço em 18 meses.
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A Telefonica/Vivo registrou um crescimento de 2,1% nas vendas no segmento corporativo entre janeiro e setembro de 2014, comparado ao mesmo período de 2013. Entre as soluções para pequenas e médias empresas, um dos destaques é o Plano Linha Negócios (400 minutos em chamadas de fixo para fixo) por R$ 95,50 + Vivo Internet Fixa a partir de R$ 45,90.
Desde o lançamento do serviço para as micros e pequenas empresas (o Net Empresas), em 2011, a Net afirma que teve um “crescimento exponencial nesse segmento”, sem abrir os dados. O pacote inclui banda larga, telefone fixo com até 8 linhas e TV por assinatura.
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