Por bianca.lobianco

Niterói - Uma boa notícia para as cinco mil pessoas que frequentam as 42 aulas gratuitas do Caio Martins: o ginásio vai ganhar novo piso. O ‘presente’ custou R$ 1,5 milhão, doados pelo Ministério dos Esportes. As obras começam ainda em agosto e, de acordo com o administrador do local, Gleison Trindade, o número de alunos pode dobrar. "O meu objetivo é atender 12 mil pessoas, que é a nossa capacidade máxima", disse.

Alguns alunos de Taekwondo estão competindo nacionalmenteAlexandre Vieira / Agência O Dia

O complexo conta com uma piscina olímpica e oferece aulas de lutas, danças, além de várias modalidades esportivas. “Temos atividades para todas as idades. E também agregamos pessoas com necessidades especiais”, conta Gleison.

O nadador Pedro Fernandes Domingues, de 22 anos, é o segundo melhor do mundo nos 200 metros livre e costas na natação para portadores de Síndrome de Down. A colocação foi conseguida no campeonato de 2012, na Itália. Agora, ele está em uma disputa na República Tcheca. Em novembro vai ao México tentar o lugar mais alto do pódio em mais uma edição do mundial.

A treinadora Maria Idalina Machado não dá mole. "Estamos pegando pesado para conseguir o primeiro lugar no mundial", afirmou ela.

Outra galerinha que está mandando bem é a do taekwondo. Alguns alunos estão competindo nacionalmente. Da disputa, sairão os melhores atletas para as Olimpíadas de 2016. O professor Márcio Irineu Mesquita está na torcida. "Nossos alunos têm capacidade para chegar lá. Alguns já foram campeões em sua categoria e estão bem colocados no ranking geral", conta ele.

Moradora de Icaraí, Andréa Rios, de 50 anos, faz dança do ventre, de salão, natação e tai chi chuan. "Descobri as atividades passando por aqui. É um espaço que está à nossa disposição", diz ela.

O botafoguense Olivier Ferreira mora ao lado do estádio desde 1995Alexandre Vieira / Agência O Dia

Estádio deixou de ser palco de grandes campeonatos

Diferentemente do ginásio, o Estádio do Caio Martins hoje está pouco utilizado. Até dezembro de 2004, os botafoguenses vibravam em partidas que valiam o Carioca e Brasileirão, mas agora a história mudou.

O advogado Olivier Ferreira, de 55 anos, mora ao lado do estádio desde 1995, quando viu Túlio Maravilha brilhar pelo Botafogo no Caio Martins. Ele lembra ainda do sofrimento ao assistir o rebaixamento de seu time em 2002, mas agora já não sente emoção por ali.

"Era muito bom estar perto da casa do Botafogo, eu ia a todos os jogos. Hoje o estádio está largado. As partidas do sub-20 são realizadas de porta fechada. Apesar de ser botafoguense, torço para a mudança de administração. É lamentável assistir a degradação deste espaço tão especial", se queixa.

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