Local, que conta ainda com espaço de convivência, recebe investimentos de R$3 milhões anuais - Divulgação/Leonardo Simplício
Local, que conta ainda com espaço de convivência, recebe investimentos de R$3 milhões anuaisDivulgação/Leonardo Simplício
Por O Dia
Niterói - Restaurante Cidadão Jorge Amado, no Centro, contabiliza mais de dois milhões de refeições servidas em três anos de reinaugurado. O local, que era do Governo do Estado e fechou devido à crise financeira, foi reaberto em janeiro de 2017 pela Prefeitura de Niterói, que assumiu sua administração. Desde então, recebe investimento municipal de R$ 3 milhões por ano.
Diariamente são preparados, em média, 70 quilos de feijão, 180 quilos de arroz, 40 quilos de macarrão, 40 quilos de farinha, 15 quilos de canjiquinha ou fubá, 160 quilos de legumes e 226 quilos de proteína – sempre duas opções. O espaço é administrado pela Secretaria Municipal de Assistência Social e Direitos Humanos.
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“A reabertura do restaurante foi um ato de humanidade, coragem e demonstração de comprometimento com os cidadãos, principalmente a população mais vulnerável da cidade e dos municípios vizinhos. O restaurante consolida a política de segurança alimentar, nutricional e de assistência social no nosso município”, diz a secretária municipal de Assistência Social e Direitos Humanos, Flávia Mariano.
O restaurante funciona de segunda a sexta-feira, abrindo das 6h às 9h para o café da manhã e das 11h às 15h para o almoço. As refeições custam R$2 e o desjejum, R$0,50. O restaurante, que é aberto ao público, atrai pessoas de todo o Estado do Rio.
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“Eu prefiro gastar R$ 2,00 aqui e me alimentar direito do que comer um salgado com refrigerante e gastar mais que o dobro. Dependendo do lugar que eu for, uma refeição não sai menos de R$ 10 e com esse dinheiro eu almoço aqui a semana toda”, conta Patrícia Ramos, de 43 anos, que estava acompanhada do marido Raphael Rodriguez, de 35, da filha Beatriz, 20, e da neta Camile, de apenas 11 meses.
Iraci Gomes da Silva, de 80 anos, explica que existe um restaurante popular mais perto de sua casa em Duque de Caxias, mas que ela e outras quatro amigas preferem a comida do restaurante popular niteroiense.
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“A gente pega o ônibus todos os dias, faça chuva ou faça sol, para almoçar aqui. Além da qualidade da refeição e o ótimo atendimento, tudo é bem limpo e organizado. Lá (em Caxias) a gente tem desconfiança”, revela Iraci.
Também frequentador assíduo, Wellington da Cruz, de 65, vem de São Gonçalo e desfruta não apenas do almoço, mas da sala de leitura do Centro de Convivência Zélia Gattai. O espaço funciona dentro do restaurante, das 10h às 15h, com exposições literárias e artísticas, leitura de livros e até aferição de pressão.
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“Sempre que posso, paro aqui para ler um livro ou assistir a alguma palestra. Leitura é conhecimento, melhora as conversas e eu adoro”, afirma Wellington.
Nutricionista responsável pela unidade, Ana Paula de Queiroz Santos explica que, por conta da diversidade do público, a equipe técnica do restaurante é minuciosa com o cardápio.
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“Pensamos na questão nutricional de forma geral, mas entendendo que vai do idoso que tem necessidades especiais ao popular de rua que, muitas vezes, tem aqui sua única refeição do dia”, assegura.
Além dos cuidados com a alimentação, Ana Paula informa que a equipe também passa por diversos treinamentos que incluem asseio pessoal e técnicas de atendimento ao público, além das capacitações específicas para cada área.