A atriz e diretora Erika Ferreira, falecida domingo em Niterói - Divulgação / Oficina Social de Teatro
A atriz e diretora Erika Ferreira, falecida domingo em NiteróiDivulgação / Oficina Social de Teatro
Por Irma Lasmar
Niterói - A Fundação Municipal de Saúde investiga a morte da atriz e diretora de teatro Erika Ferreira, de 39 anos, no último domingo, com sintomas semelhantes aos provocados pelo novo coronavírus. Ela, que era diabética, deu entrada no Hospital de Clínicas Alameda na terça-feira passada com quadro de gripe forte e falta de ar. Familiares e autoridades de saúde aguardam o resultado dos exames. 
Nascida em São Gonçalo e formada em Artes Cênicas pela Escola de Teatro Martins Penna, no centro do Rio, Erika começou a carreira em 1991 e era muito conhecida por sua forte atuação social junto ao movimento negro. A artista dirigia a companhia de teatro Agromelados e havia acabado de estrear, no começo deste mês, o espetáculo infantil “Em contos em encontros das águas”, no Parque das Ruínas, em Santa Teresa - paralisado devido ao decreto de quarentena. Ela também integrou o elenco do musical "É samba na veia, é Candeia", sobre a história do sambista Antônio Candeia Filho. Dirigiu ainda as peças “Eu, Pequeno Príncipe, meu”, “Tirico e as histórias de morros e fossos” e uma adaptação de “Liberdade, Liberdade”, obra de Millôr Fernandes e Flávio Rangel. Seu último trabalho como atriz foi em "OMI - Do leito ao mar", com direção de Gabriel Mendes.
Publicidade
A atriz foi cremada no domingo à tarde, em uma cerimônia fechada. Amigos de Erika da classe artística, como o ator global Armando Babaioff fizeram uma prece coletiva virtual no mesmo dia e programam uma homenagem presencial quando acabar o isolamento social devido à pandemia. Ela deixa viúvo o também ator Sylvio Moura.