Auditório desenhado por Oscar Niemeyer é um espaço multiuso de 491 lugares para shows, peças, dança, cinema e convenções - Divulgação / Prefeitura de Niterói
Auditório desenhado por Oscar Niemeyer é um espaço multiuso de 491 lugares para shows, peças, dança, cinema e convençõesDivulgação / Prefeitura de Niterói
Por Irma Lasmar
Niterói - No próximo dia 21 completam-se dois anos do falecimento de Nelson Pereira dos Santos (1928-2018). Homenageado como patrono do teatro do Centro Petrobras de Cinema, complexo de cultura e lazer onde também funciona o Reserva Cultural Niterói, no bairro de São Domingos, o cineasta paulista não foi homenageado à toa pelos niteroienses: o precursor do movimento Cinema Novo foi o fundador do curso de graduação superior em Cinema da Universidade Federal Fluminense (UFF), onde também lecionou no Instituto de Arte e Comunicação Social (Iacs). Um luxo para Niterói, já que seu filme "Vidas Secas" (1963), baseado no livro homônimo de Graciliano Ramos (1892-1953), é um dos filmes brasileiros mais premiados em todos os tempos. Em 2006, fez história novamente ao ser o primeiro diretor de Cinema eleito para a Academia Brasileira de Letras, onde ocupou a cadeira de número 7, patronímica de Castro Alves.
Parte integrante do conjunto arquitetônico desenhado pelo renomado arquiteto Oscar Niemeyer e batizado de Caminho Niemeyer, a Sala Nelson Pereira dos Santos é o primeiro auditório híbrido de Niterói, funcionando como um espaço multiuso para apresentações de música, teatro, dança e cinema, além de servir de auditório para convenções. O local possui 491 lugares e equipamentos de última geração em projeção, mesclando atividades pagas e gratuitas (como palestras). O projeto também inclui o Museu do Cinema Brasileiro no segundo e terceiro andares do prédio, ainda sem data de inauguração, que ofereceria ao público o acesso a filmes e documentos, além de atividades complementares, acerca do tema.