Escolas, universidades, academias de ginástica, cinemas e teatros permanecem fechados; vendedores ambulantes regularizados ainda não podem atuar - Divulgação / Leonardo Simplício
Escolas, universidades, academias de ginástica, cinemas e teatros permanecem fechados; vendedores ambulantes regularizados ainda não podem atuarDivulgação / Leonardo Simplício
Por O Dia
Niterói - O aumento da capacidade de leitos e a realização da testagem em massa - duas das principais ações na área de saúde para salvar vidas e achatar a curva de transmissão do novo coronavírus - permitiram que a cidade avançasse com certa segurança na retomada gradual das atividades econômicas. Niterói já soma 30 mil exames realizados, o que coloca o município num patamar semelhante ao de países que tiveram sucesso no combate à covid-19, como Alemanha e Coreia do Sul. Shoppings centers e centros comerciais de Niterói, que estão fechados há mais de 100 dias, estarão autorizados a funcionar a partir desta quarta-feira (1º/07) das 12h às 20h, com limite de público. As praças de alimentação destes estabelecimentos permanecem fechadas. A informação foi anunciada pelo prefeito de Niterói, Rodrigo Neves, em pronunciamento ao vivo nas redes sociais da Prefeitura.
“Além de ter implementado, no dia 21 de maio, um Plano de Transição Gradual para um Novo Normal com base na ciência e na observação das melhores experiências internacionais, Niterói adotou as medidas certas, no momento certo, para salvar centenas de vidas. Conseguimos achatar a curva de transmissão do vírus, construímos uma retaguarda hospitalar que nenhuma outra cidade do Brasil conseguiu fazer, tudo com recursos próprios. E mesmo com a retomada das atividades, o número de casos vêm diminuindo, graças à compreensão da população sobre os novos hábitos que são necessários e também às empresas, que estão seguindo os protocolos”, afirmou Neves.
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Para a abertura das lojas, será preciso cumprir os protocolos de segurança que já estão sendo adotados pelos estabelecimentos que voltaram a abrir suas portas desde o dia 22 de junho, como a ocupação máxima em 50%, a medição de temperatura, o álcool em gel disponível na entrada, a instalação de tapetes sanitários, a marcação do distanciamento social e a presença de agentes de desaglomeração. Bares e restaurantes continuam fechados, só podendo operar com o sistema delivery. Escolas, universidades, academias de ginástica, cinemas e teatros também permanecem fechados. Os vendedores ambulantes regularizados que atuam no município ainda não têm permissão para voltar a trabalhar nas ruas. Todas essas atividades só devem ter autorização para funcionar quando a cidade atingir o estágio Amarelo 1.
De acordo com o último boletim epidemiológico, divulgado nesta segunda-feira (29), Niterói tem 5.138 casos confirmados de covid-19, com 481 em isolamento domiciliar sendo acompanhados pela Fundação de Saúde. A cidade registra 201 óbitos e tem 4.342 pacientes recuperados. “Niterói fez um processo impressionante de ampliação da retaguarda hospitalar. Chegamos a 262 leitos públicos exclusivos para coronavírus e temos hoje uma taxa de ocupação total em torno de 30%”, afirmou o secretário de Saúde, Rodrigo Oliveira.
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Na live de segunda-feira (29/06), o prefeito destacou que Niterói tem hoje a menor taxa de letalidade da Região Metropolitana, comparada com outras cidades que chegam a 20% de óbitos relacionados aos casos confirmados. Segundo Rodrigo Neves, esse número se dá à medida em que o município vem apostando, desde o início da pandemia em março, no isolamento social rígido, no monitoramento dos casos confirmados com a testagem massiva e no acompanhamento dos casos em isolamento social pela Fundação Municipal de Saúde.
“Niterói tem hoje a menor taxa de letalidade por coronavírus na Região Metropolitana. Enquanto algumas cidades vão de 10% a 20%, Niterói atingiu 4%. Esse índice é similar aos países com melhor resultado no mundo e isso é consequência da atitude como cidadão, como ser humano. A gente precisa retomar algum nível de atividade. Não é possível em uma sociedade democrática manter o confinamento por mais de 100, 150 dias. O objetivo do isolamento social, principalmente aquele mais rígido que fizemos nos primeiros 60 dias dessa tragédia da pandemia era para achatar a curva de contaminação, achatar a curva de óbitos e, sobretudo, preparar nossa retaguarda hospitalar para atender com qualidade a todos que ficarem doentes. Fizemos o que parecia ser impossível, salvamos centenas de vidas. Teremos que conviver por meses ainda com essa realidade. Até que tenhamos vacina para imunizar os seres humanos, teremos que ter disciplina nos cuidados e nas medidas sanitárias”, reforçou ele. 
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