Por O Dia
Em live exclusiva do jornal O DIA, o pré-candidato à prefeitura de Niterói pelo PSD, Felipe Peixoto, afirmou que a questão da mobilidade na cidade é, na verdade, um problema de imobilidade. Ele citou, entre outros, dois projetos que seriam importantes para chegar a uma solução: o Veículo Leve sobre Trilhos (VLT) e a Linha 3 do Metrô: "A Linha 3 custa menos do que a Linha 4, construída para a Barra, e transportará o dobro de pessoas", disse, explicando que é necessário um aporte com apoio estadual ou federal porque a prefeitura não teria como fazê-lo sozinho.
Questionado sobre qual seria sua prioridade caso seja eleito, Felipe afirmou que será ajustar a cidade à econômica pós-pandemia. O pré-candidato disse que sempre sonhou ser prefeito e, depois de experiências na gestão pública (como ter sido três vezes vereador e duas vezes secretário estadual), além de ter disputado eleições em que por duas vezes chegou ao segundo turno, ele se sente preparado para o desafio. Reafirmou que o problema de mobilidade é prioridade, mas que o novo prefeito precisa de um programa ousado de retomada econômica, ouvindo comerciantes e integrantes de outras atividades.
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Logo no começo da entrevista, Felipe já tinha apontado que "vamos enfrentar uma situação muito grave no ano que vem", com desemprego e queda de arrecadação, mesmo com a prefeitura tendo o royalties como fonte de recursos.
A entrevista foi conduzida pelo colunista de política Sidney Rezende e pela jornalista Irma Lasmar.
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Felipe iniciou sua participação se solidarizando com as famílias e amigos dos mais de 200 mortos por covid-19 em Niterói. Além de mobilidade, falou muito sobre saúde. Elogiou algumas ações da atual gestão no que diz respeito ao combate à pandemia, mas apontou pontos que deveriam ter sido levados em conta como a criação de "janelas" para a reabertura temporária de setores do comércio, de modo a evitar que chegassem a um ponto de quebrar financeiramente porque os estoques venceram. Ele também disse que faltou transparência, por exemplo, na divulgação da taxa de ocupação de leitos no município. Mais adiante, comentou que a prefeitura arrendou o Hospital Oceânico, quando ele teria desapropriado. O pré-candidato criticou a rede municipal de saúde por praticamente não ter profissionais nas áreas como de oncologia e cardiologia.
Perguntando por um internauta por que Niterói tem um dos IPTUs mais caros do Brasil, Felipe disse que uma questão fundamental é quando o cidadão não vê a contrapartida do que ele paga espelhada na cidade, na limpeza das ruas, nas calçadas sem buracos. Ele afirmou que há, nos valores do IPTU, injustiças que precisam ser revistas.
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Sobre educacação, o pré-candidato defendeu o ensino integral: "Não tem outro caminho para o país que não passe pela educação". Ele criticou que há muitas crianças sem creches, e que isso será revisto se ele for eleito. Ao responder sobre segurança pública, prometeu estender o programa Niterói Presente, atualmente concentrado em algumas regiões, a toda Niterói: "Vamos levar para todas as regiões da cidade". A maior distribuição terá um impacto, levando os índices de criminalidade a despencar ainda mais, afirmou.
 Um ponto fundamental de seu discurso na live foi a crítica ao número excessivo de secretarias e administrações regionais na atual gestão. Ele garantiu que as cortará pela metade e buscará qualidade nos serviços, porque atualmente são balcões de reclamação, mas que não resolvem os problemas apresentados pela população.