Por O Dia
Niterói - O pré-candidato do DEM a prefeito de Niterói, Bruno Lessa, disse em live exclusiva do jornal O DIA que sua prioridade será levar o ensino integral a todas as escolas da rede municipal da cidade. De acordo com Lessa, hoje, de 49 escolas, apenas três têm ensino integral. Para ele, a medida garantiria a segurança alimentar das crianças e promoveria atividades extracurriculares culturais e esportivas. Para ele, "só a educação dá um horizonte" às crianças e aos jovens. Lessa também externou sua preocupação com a atual rede de creches por causa da falta de vagas.
A entrevista foi conduzida pelo colunista político do DIA Sidney Rezende e pela repórter Irma Lasmar. 
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Três outros pontos foram desenvolvidos fortemente na entrevista, que contou com a participação de perguntas do público: o enxugamento da máquina administrativa, a geração de empregos e oportunidade de negócios e o problema da mobilidade na cidade. Lessa afirmou que Niterói tem uma máquina inchada, com 52 secretarias ou órgãos com status de secretaria. De acordo com o pré-candidato, ele pretende reduzir a 25.  Falou ainda em acabar com as administrações regionais, cujo orçamento anual é de R$ 15 milhões, 83% gastos com pessoal.  Ele afirmou que reduzirá os cargos em comissão em 30% e instalará pontos eletrônicos.
Sobre a geração de empregos, Lessa disse que deve ser uma obsessão do novo prefeito, principalmente diante da crise econômica gerada pela pandemia de covid-19, mas se referiu a problemas que a cidade enfrenta desde 2015, como a perda de 30 mil empregos no setor naval. Segundo o pré-candidato, Niterói tem três vocações: a indústria naval, a área de serviços e o turismo. Sobre os serviços, ele quer transformar a cidade num polo tecnológico, atraindo empresas e startups. A respeito do turismo, ele se queixou que infelizmente não se investe e que são necessários incentivos.
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Ainda sobre o problema dos empregos, Lessa afirmou que criará a Agência Municipal de Desenvolvimento, com parte dos royalties do petróleo que Niterói recebe, para abrir crédito subsidiado a micro, pequenos e médios empreendedores, "para quem queira investir na cidade".
O pré-candidato descreveu ainda seus planos para as comunidades, com a necessidade de investimentos em habitação, mas destacou a necessidade de urbanização e requalificação, de modo a levar saneamento, saúde e educação, gerando empregos. Sobre o fato de essas áreas estarem desassistidas, Lessa afirmou que há hoje 42 polos de médicos de família em Niterói, mas 145 comunidades (algumas conjuntos habitacionais) na cidade. "A rede é muito limitada", afirmou.
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Ele disse ainda que vai desapropriar e municipalizar o Hospital Oceânico como um dos itens do plano de melhorar a estrutura hospitalar de Niterói.
Naquele que é um dos temas mais tratados por pré-candidatos, a mobilidade em Niterói, Lessa afirmou que vai hierarquizar as linhas de ônibus, de modo a evitar que passem pelas mesmas ruas e avenidas. Garantiu ainda que fará uma licitação própria para a bilhetagem eletrônica dos ônibus, de modo que no fim de quatro anos 100% da frota e da população usem bilhetes, melhorando a qualidade do serviço e evitando a possibilidade de caixa dois. Ele defendeu fortemente as ciclovias na cidade. Sobre transportes de massa, como o VLT, ele afirmou que será feito um estudo de viabilidade porque os custos são muito altos e a prefeitura não teria como arcar sozinha, tendo que para efetivá-los buscar financiamento em organismos como o Banco Interamericano de Desenvolvimento e o Banco Mundial.