A faixa etária após os 60 anos é classificada como grupo de risco para a covid-19, doença do novo coronavírus - Imagem Internet
A faixa etária após os 60 anos é classificada como grupo de risco para a covid-19, doença do novo coronavírusImagem Internet
Por O Dia
Niterói - Hoje é o dia Nacional do Idoso. E essa parcela da população que já necessitava tanta atenção e carinho, com o coronavírus se viu ainda mais carente.
Manter uma rotina ativa, com atividades físicas, intelectuais e de diversão como recomendado se tornou impossível com a pandemia que impôs um confinamento bem rigoroso aos idosos, já que a faixa etária após os 60 anos é classificada como grupo de risco para a covid-19.
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A aposentada Ruth Steinberg, de 76 anos, fazia das aulas de ginástica em grupo sua terapia e motivo para levantar da cama todos os dias. Lá se vão longos rigorosos meses em que a solidão a castiga: "Ver minhas amigas, dançar na aula, conversar. Sinto falta de tudo isso, porque meus filhos cresceram, têm a própria vida. O buraco que eles deixaram preenchi com ginástica. E agora só fico em casa, parada. Sinto minha mente declinando.", ela lamenta.
Uma pesquisa da American Association of Geriatric Psychiatry indicou que 20% da população, acima dos 55 anos, têm algum tipo de problema de sua saúde mental. Os mais frequentes são comprometimento cognitivo severo e transtornos de humor, como depressão, ansiedade e bipolaridade.
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No Brasil, são 28 milhões de brasileiros com mais de 60 anos, número que representa 13% da população do país, segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). E esse percentual tende a dobrar nas próximas décadas, segundo a Projeção da População. E dados do Ministério da Saúde, divulgados em 2018, apontam para a alta taxa de suicídio entre idosos com mais de 70 anos. Nessa faixa etária, foi registrada a taxa média de 8,9 mortes por 100 mil nos últimos seis anos. A taxa média nacional é 5,5 por 100 mil.
As alterações imunológicas associadas ao envelhecimento aumentam os riscos de infecções que podem estar ligadas ao declínio funcional, provocando maiores taxas de hospitalizações e comorbidades. 
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Para prevenir tantos problemas, algumas atitudes podem ajudar:
1 - Como se está muito tempo em casa, fica mais fácil atentar para alimentação. Um estilo de vida saudável para que se tenha um envelhecimento propício deve compreender boa alimentação (com menor consumo de produtos industrializados).
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2 - Vale se exercitar até na varanda, na sala, mas produzir o hormônio do bem-estar continua primordial: atividade física regular (em média 30 a 60 minutos todos os dias). A prefeitura de Niterói estabeleceu horário específicos pra eles se exercitarem ao ar livre: 10h30 Às 12h30. Uma caminhada no parque do bairro ou na praia estão permitidas.
3 - A incerteza do amanhã está deixando muita gente acordada, mas boa qualidade de sono ajudam a manter o estresse sob controle.
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4 - E não dá pra dar aquele abraço, mas uma ligação de vídeo com aqueles que amamos enche o coração de amor e esperança. Momentos de relaxamento valem ouro nesse momento.
5 - Assim como objetivos e metas, como evitar cigarro e consumo excessivo de álcool. 
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6 - E para aqueles que deixaram de acompanhar doenças crônicas por medo, uma ligação para seu médico de confiança evitará o descontrole da patologia e problemas maiores futuramente.
 A data:
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No 1º dia do mês de outubro celebra-se o Dia do Idoso no Brasil. Até 2006, o Dia do Idoso era comemorado no dia 27 de setembro. Isso porque, em 1999, a Comissão pela Educação, do Senado Federal, havia instituído tal data para a reflexão sobre a situação do idoso na sociedade, ou seja, a realidade do idoso em questões ligadas à saúde, convívio familiar, abandono, sexualidade, aposentadoria etc.

No dia 1º de outubro de 2003, porém, foi aprovada a Lei nº 10.741, que tornou vigente o Estatuto do Idoso. Pelo fato de o Estatuto ter sido instituído em 1º de Outubro, em 2006 foi criada uma outra lei (a Lei nº 11.433, de 28 de Dezembro de 2006) para transferir o Dia do Idoso para 1º de outubro. Vale salientar que desde 1994, com a Lei nº 8.842, o Estado brasileiro já havia inserido a figura do idoso no âmbito da política nacional, dado que essa lei criava o Conselho Nacional do Idoso.

O fato é que, com a criação do Estatuto do Idoso, em 2003, o Brasil começou a incorporar à sua jurisprudência resoluções de organizações internacionais, como a Organização das Nações Unidas (ONU) e a Organização Mundial da Saúde (OMS). Sabe-se que, em 1982, a ONU elaborou, em Viena, na Áustria, a primeira Assembleia Mundial sobre o Envelhecimento. Dessa Assembleia, foi elaborado um Plano de Ação Internacional sobre o Envelhecimento que tinha 62 pontos, os quais passaram a orientar as reflexões, legislações e ações posteriores a respeito do idoso.