Daiana foi diagnosticada aos 23 anos - fotos Divulgação/HUAP
Daiana foi diagnosticada aos 23 anosfotos Divulgação/HUAP
Por O Dia

Encerrando a campanha do Outubro Rosa, pacientes do Hospital Universitário Antônio Pedro (HUAP), contaram suas histórias de batalha e superação contra o câncer de mama. Daiana Nascimento, 26 anos, Francisca Benvindo, 50, e Neide Cardoso Feltrim, 73, compartilham uma história de luta e esperança.

A jovem Daiana descobriu a doença com 23 anos, a partir de uma lesão no bico do seio. O diagnóstico só foi possível por meio de um ultrassom da mama, já que a mamografia não é indicada para sua idade. Ela ainda precisou passar por uma biópsia até o câncer de mama ser confirmado e poder começar o tratamento no HUAP. Com o avanço da doença, ela precisou interromper a quimioterapia e se submeter a uma mastectomia total.

"A minha dificuldade foi como eu ia falar com minha família, que já tinha perdido minha avó para o câncer de mama. Recentemente, terminei a radioterapia e, em breve, estou dando início ao medicamento oral. É um processo muito extenso, cansativo e difícil. Mas valeu a pena passar por tudo isso, porque depois do câncer a gente sai uma pessoa melhor, mais feliz do que entra, querendo viver mais."

Para Francisca, a descoberta aconteceu em 2017, com um autoexame que a fez perceber um nódulo na mama esquerda. "Quando foi confirmado o câncer, meu mundo desabou, perdi o chão, fiquei devastada. Naquela hora, o que passa na sua mente é que você vai morrer", lembra. Ela conta que quando soube que perderia a mama e o cabelo, foi deixada pelo companheiro, e que, apesar do sofrimento, o término impulsionou sua vontade de vencer a doença.

"Foquei no meu tratamento, que era o mais importante. Quando meu cabelo começou a cair, entrei em uma depressão grande. Hoje, aprendi a valorizar mais o que realmente importa: a vida. Eu não estava mais preocupada com estética, mas sim com meu bem estar. Isso me mudou como pessoa, me engrandeceu demais."

Já Neide divide sua trajetória em duas: a mastectomia da mama esquerda aos 40 anos e a da mama direita, aos 72. "Foram momentos muitos difíceis na minha vida. Se não fosse a compreensão e o apoio da minha família, principalmente do meu marido, eu nem sei se teria conseguido superar."

Atualmente, ela faz acompanhamento com a Oncologia do HUAP e há dois anos realiza fisioterapia. "A doutora não me disse que estou curada, embora me sinta muito bem. Gostaria de dizer algumas palavras de incentivo para as pessoas que estão passando por isso agora. São momentos complicados, sim, mas tenham fé, força e coragem porque tudo vai passar."

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